Fala rapaziada, peixada, moçada, tudo bom com vocês? Por aqui tá naquelas né?! Não vou negar que tô meio puto com a derrota, mas no reino do futebol, uma coisa me chama a atenção. Recentemente, vejo uma ala de nossa torcida empolgada com o trabalho do Ariel Holan, e temos mesmo que apoiar e acolher nosso treinador. Vejo também uma expectativa muito grande em torno do trabalho da atual gestão, o que também vejo com bons olhos e é até natural, afinal de contas o gestor anterior era o Peres… não preciso dizer mais nada.
Mas será que é pra tanto? A falta de um ídolo dentro de campo está nos levando à procura de alguém para amar? Bateu uma “bad” no torcedor?
Um dos seriados mais assistidos de todos os tempos é o épico Game of Thrones, que conta a saga do trono de ferro e dos reinados que giram ao seu redor, no reino do futebol não é muito diferente. No trono da Vila mais famosa do mundo, já se sentou o rei do futebol, que governou com maestria e elegância, não só o Santos, ele cruzou barreiras e o mundo todo o reverencia até hoje. Mas outros reis se sentaram nesse trono, tais como Juary, que teve um reinado curto, mas nos deixou o título de 1978.
Outro que sustentou o cetro da justiça foi Serginho Chulapa, um artilheiro nato e decisivo, que ainda guarda números expressivos com o manto alvinegro. Há quem diga que o “Messias” Giovanni também se sentou nesse trono – pelo menos moralmente eu acredito que sim.
Léo, o maior lateral-esquerdo alvinegro, foi uma liderança vitoriosa todas as vezes que vestiu a couraça alvinegra em nossas batalhas, assim como a liderança técnica exercida pelo rei das pedaladas. E mais recentemente o “menino rei” ou “menino Ney!”. Nosso Neymar nos conduziu diante de vitórias épicas, incluindo a Libertadores de 2011.
Quando falamos de figuras do extracampo, a lista fica menor! Se falarmos de treinadores, não podemos deixar de fora o grande Lula, que tinha em seu exército um verdadeiro esquadrão de elite. Alguns colocam o “pofexô” nessa lista, considerando que o título de 2004 não foi tão fácil assim. Sem esquecer de Emerson Leão, que comandou um time de garotos na retomada de títulos importantes.
E quando o assunto é dirigente, a coisa fica feia. Não me lembro de um presidente que esteja à altura do Santos Futebol Clube, muito pelo contrário, apenas figuras que, se não atrapalharam, ainda prejudicaram o clube. Mas veja, após saída de Neymar, o trono ficou vazio e o torcedor sedento por alguém que conduza o clube para novas vitórias, novas conquistas e que traga o sorriso para o rosto da “plebeia”. Gabriel Barbosa não conseguiu, Ricardo Oliveira não conseguiu e, em determinado momento, o torcedor até tentou coroar um treinador argentino, mas ele nem quis saber e resolveu ir embora.
Hoje não temos uma liderança dentro de campo, e com isso apostamos nosso reino em figuras que nunca chutaram uma bola: um técnico e um presidente… é o que nos resta? Um novo raio pode surgir e reivindicar o reino pra si e confortar nossos corações? Fato é que o reino do futebol precisa de um líder, e enquanto ele não aparece, todos nós devemos preservar a sua terra. Afinal de contas, o reino do futebol (Santos Futebol Clube) é a nova Jerusalém do futebol, é a terra prometida e ela nos pertence.
Tempos melhores virão!!!