Fala rapaziada, peixada e moçada, tudo bom com vocês? Hoje tem Peixão na tela, uma nova competição e as esperanças se renovam…
Vamos em busca da classificação e de um futebol melhor. Eu acredito!!!
E o Santos é a cara do futebol brasileiro, né? Um time sempre ousado, alegre, irreverente, audacioso, enfim, sobram adjetivos para expressar o quanto o Santos Futebol Clube é representativo. É um monumento do futebol que possui outros monumentos e caricaturas, como este que nos deixou ontem. O emblemático Januário de Oliveira.
Eu sei que ele esteve bem ligado ao futebol carioca, mas o que vou dizer aqui, vai além do gênero, da geografia, e do clubismo. O Januário foi cabuloso mesmo. Que narrador! Você sentia todas as emoções que o futebol raiz proporciona aos seus amantes: as figuras de linguagem, os apelidos, os bordões. Toda vez que o futebol perde figura como essa eu sinto profundamente, porque vamos perdendo nossa essência, que sempre foi a alegria.
Quando ele dizia “taí o que você queria”, simbolizava a espera angustiante do torcedor por ver seu time em campo. Afinal de contas, quem ama, está presente sempre, seja nas vitórias ou nas derrotas. Quando ele dizia: “Tá lá um corpo estendido no chão”, muitas vezes nos deixava furiosos, por que se tratava de um craque do nosso time, ou por vezes nos enchia de esperança em um iminente gol de falta. Mas toda vez que ele dizia: “Ele foi cruel”. Ah…nessa hora os corações batiam mais forte, pois de forma cruel tínhamos machucado algum adversário com mais um gol. E como o Januário sabia expressar o sentimento do torcedor comum. Não se utilizava do politicamente correto, nem mesmo das analises táticas para representar o torcedor, o cara era simplesmente um apaixonado pelo futebol com o microfone na mão.
Esse é mais um cara que se vai com o meu mais profundo respeito e admiração. Agradeço ao Santos por amar o futebol e por ter conhecido uma figura tão carismática e tão emocionante como Januário de Oliveira. Você foi Cruel. Vai com Deus…