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#TBT – Há 60 anos, Santos do camisa 18 Pelé vencia o Wolfsburg na Alemanha

Quando se fala em Wolfsburg nos tempos atuais, a memória leva o torcedor, mais ligado no futebol europeu, a Dzeko, Grafite e o elenco que se sagrou campeão alemão em 2008-09. Mas o hoje tradicional clube alemão fundado por trabalhadores da Volkswagen, que comanda o clube, e classificado para a próxima UEFA Champions League já enfrentou o Santos de Pelé. E teve orgulho em sair derrotado.

Na tarde de ontem, no Twitter, as contas de Wolfsburg e Santos trocaram mensagens para relembrar a partida realizada em 3 de junho de 1961, na Alemanha, e marcar uma “transmissão em tempo real”, narrando lance a lance do duelo.

À época, o Santos já era considerado por muitos como o melhor time do mundo, mesmo antes de conquistar o bicampeonato da Libertadores e do Mundial. Naquela temporada, o Santos marcou 338 gols em 94 jogos, com uma média espetacular de 3,59 gols por jogo. Na excursão pela Europa, foram 80 gols marcados em 19 jogos (4,21 por jogo), com 14 vitórias, 3 empates e apenas 2 derrotas.

Contra o Wolfsburg, no VfL Stadion, na então Alemanha Ocidental, aproximadamente 8 mil pessoas presenciaram mais uma noite de espetáculo santista.

A equipe comandada por Lula foi a campo com Laércio (Lalá); Mauro (Brandão) e Dalmo; Getúlio (Sormani), Formiga e Zito (Lima); Dorval, Mengálvio (Pagão), Coutinho (Bé), Pelé e Tite.

O placar? Um solene 6 a 3 para o Peixe, mas o que não se viu em campo foi a mítica camisa 10 do Santos. Explico: as partidas precisavam (assim como hoje) de um espaçamento de, no mínimo, 48 horas para permitir o repouso dos atletas. No dia seguinte, no entanto, o Alvinegro enfrentaria a Seleção da Antuérpia-BEL.

Para “driblar” a regra e não ser multado pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), declarou a partida contra o Wolfsburg apenas como uma exibição e trocou o número de diversos atletas. O Rei acabou por usar a 18 e não a tradicional 10.

Com a 10, ou com a 18, Pelé fez a alegria dos presentes no estádio com dois gols marcados na partida. Os demais tentos do Peixe foram anotados por Coutinho, Mengálvio e Bé, também duas vezes. Enquanto os alemães marcaram com dois de Ruege e um de Shrader.

60 anos depois, os papéis se inverteram e com a explosão de dinheiro do futebol europeu, o Wolfsburg tem muito mais condições de investimento do que o Santos. Um confronto hoje entre as equipes dificilmente voltaria a terminar em 6 a 3 para o Peixe, mas, ainda sim, seria bastante curioso e legal de se assistir.

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