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COLUNA DA VÓ: Uma fagulha no fim do túnel

Desde a eliminação para o Ituano no Paulistão, sempre vi o Santos como fortíssimo candidato ao rebaixamento. Veio a eliminação para o Bahia na Copa do Brasil, a eliminação na Sul-Americana e o fatídico momento em que oficialmente adentramos o Z4.

Até o mais fanático dos santistas sabia que isso aconteceria, só duas pessoas não acreditavam, Falcão e Rueda. E talvez isso explique muito do atual momento do Santos.

Começamos o ano com o mediano Odair Hellmann e precisamos de uma derrota acachapante contra o Corinthians (aquele em que fomos penalizados para jogar sem público) para que ele fosse demitido. Não bastava todas aquelas eliminações.

E eis que Falcão teve a brilhante ideia de contratar Paulo Turra. Aquele que tinha 6 meses de experiência como treinador, e que neste período contou com todo respaldo do Felipão. Coisa que não aconteceu no Peixe, visto que Felipão foi treinar o Galo.

E o que já era ruim, piorou. O time do Odair jogava mal, mas tomava poucos gols. Com Paulo Turra viramos uma “mãe” para todos os atacantes do Brasil. Atacante em crise sem marcar? Chama o Santos. O Santos do Paulo Turra era um time sem alma, sem vontade, sem gana e que parecia anestesiado em campo.

Como se já não bastasse isso, eis que uma denúncia contra o ex-diretor de futebol Paulo Roberto Falcão mudou tudo novamente. Falcão foi acusado de importunação sexual por uma funcionária de um hotel, no dia 4 de agosto. Neste mesmo dia ele pede demissão e dois dias depois é a hora que Turra cai após um empate vexatório contra o Athletico-PR na Vila.

E o que me pergunto todos os dias: e se não houvesse a denúncia? Será que o Falcão e Turra estariam até hoje no Santos? Soteldo ainda estaria afastado? Bem provável que sim.

Por linhas tortas chegamos ao Aguirre. Eu fui contra sua contratação no primeiro momento, pois entendia que seus últimos trabalhos não tinham sido bons. Até o momento temos duas derrotas e uma vitória no comando do uruguaio, porém é nítida a diferença do time em campo.

O Santos ainda tá longe de apresentar um grande futebol, mas vemos coisas no Santos do Aguirre que não existiam no Santos do Odair e muito menos no do Paulo Turra. Primeiro que temos um time mais organizado, um time que os jogadores sabem o que fazer dentro de campo. Um time com mais vontade e que briga mais – e que em todos estes três jogos mostrou evolução.

A verdade é que finalmente ao menos temos um TÉCNICO de futebol.

Ainda temos que ter uma constância maior dentro das partidas, o Santos ainda oscila demais dentro de um mesmo jogo. Não pode fazer o 1º tempo que fez contra o Atlético-MG e voltar morto para o 2º tempo (aconteceu também contra o Fortaleza). Precisa manter a mesma intensidade o jogo inteiro. Precisa parar de tomar gol todo jogo. Lucas Lima não pode ser o nosso meia. Soteldo precisa ter uma sequência. Marcos Leonardo não pode perder os gols que perde. E acima de tudo, precisamos parar de perder todos os jogos fora de casa.

Ainda estamos na UTI do Brasileirão, mas estes 3 primeiros jogos do Aguirre me deixaram com uma esperança de que podemos fugir do rebaixamento. É só uma fagulha ainda no fim do túnel. Mas diante do que estávamos vivendo, já é alguma coisa.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Peixão

1 Comment

1 Comment

  1. Diene

    30 de agosto de 2023 at 10:27

    Muito bom saber seu ponto de vista, Vó! Bem objetivo, claro e conciso. Boa sorte nesse Santos do Aguirre. Bença.

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