A vitória do Santos, fora de casa, contra o Coritiba, por 2 a 0, não marcou somente o acesso do Peixe para a Série A do Brasileirão, mas também o retorno de um símbolo muito importante para o clube, a mítica camisa 10.
Logo após vencer as eleições presidenciais do Santos, o atual presidente Marcelo Teixeira afirmou que o clube não utilizaria a camisa 10, eternizada por Pelé, durante a disputa da Série B de 2024, voltando a utilizá-la apenas em caso de acesso para a 1ª divisão.
Isso foi uma forma de protesto do clube pela situação vivida no ano de 2023, além de ter como grande objetivo preservar a memória de Pelé, que eternizou a numeração na história do futebol. A camisa inclusive foi guardada dentro de um armário de vidro no vestiário da Vila Belmiro, como forma de incentivar os atletas a conquistar o acesso para a elite do futebol brasileiro.
“Nós vamos propor ao Conselho Deliberativo. No Campeonato Paulista vamos atuar normalmente com a camisa 10. No Campeonato Brasileiro, enquanto não subir, estar no seu patamar digno, nós não atuaremos com a camisa 10”, falou o presidente no dia 9 de dezembro de 2023, quando foi eleito.
“Em memória, em honra. Já que neste ano tivemos a homenagem do campeonato ao Rei Pelé, continuaremos nessa missão. Nós voltaremos à primeira divisão. Enquanto não voltarmos, o Santos não utilizará a camisa mais gloriosa da sua história, a camisa 10”, completou.
O último jogador a entrar em campo com a camisa 10 santista, foi o meia Giuliano, que vestiu o número mítico na final do Campeonato Paulista, onde foi vice-campeão após ser derrotado no jogo de volta para o rival Palmeiras.
Na competição, as numerações dos jogadores não era fixa, com os titulares das partidas vestindo as numerações de 1 a 11. Nomes como Cazares (7), Giuliano (4), Otero (2), Nonato (1), e Willian Bigode (1) vestiram o número mítico.
Pelo Campeonato Brasileiro, antes do rebaixamento, o último jogador a utilizar a numeração, foi o atacante venezuelano Yeferson Soteldo, que foi emprestado ao Grêmio em 2024.