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Opinião – O Santos precisa parar de ser bonzinho com os adversários

Foto: Raul Baretta / Santos FC

Neste domingo (17), em entrevista ao Domingo Esportivo, o presidente Marcelo Teixeira deu a entender que o Santos não irá com força máxima para Recife, onde enfrenta o Sport pela última rodada da Série B.

O time de Pernambuco precisa vencer o Santos e torcer contra Ceará, Novorizontino ou Mirassol para conseguir uma vaga na Série A de 2025.

Pois bem, neste último domingo (17), quando a torcida santista lotou a Vila Belmiro, o Peixe não fez o mínimo esforço para “brindar” e comemorar por completo o acesso e a conquista do campeonato da Série B. Como dizem por aí: “o que era para ser uma festa virou um enterro”. O treinador Fábio Carille foi xingado, vaiado, e alguns protestos por parte da torcida deram um tom diferente ao que era para ser uma comemoração bonita.

Reconstrução?

Não culpo a torcida. O Santos, em suas redes sociais, tende a usar constantemente a palavra “reconstrução”. Mas o que foi reconstruído? O que podemos aproveitar de 2024 para os próximos anos? O treinador que colocou a última pá de terra no ano passado ainda está no clube. O executivo de futebol também. Muita gente que contribuiu para o descenso, de uma forma ou de outra, ainda continua no clube sem mérito algum. Se o Santos quiser ser competitivo e nunca mais cair, precisará reconstruir o clube DE VERDADE, com profissionais gabaritados, modernos e que condizem com o futebol praticado de 2020 para cá. Chega de gente que acha que o futebol de hoje é o mesmo de 1996.

Para você, leitor, ter ideia: o Santos jogou neste domingo contra um time que brigava para não cair para a Série C do Brasileiro. Na edição do Domingo Esportivo de ontem (17), Marcelo Teixeira disse o seguinte: “Força máxima não quer dizer que você vai com os titulares. Força máxima é o que é melhor para o clube.” Ou seja, o time vai mais desinteressado para Recife do que nunca e provavelmente “ajudará” o Sport.

Quando o Peixe precisou de ajuda, todos os adversários jogaram sério com o time da Vila

E precisa ser assim. Ano passado, quando o Santos precisava permanecer na Série A, todos os times, por mais que não brigassem por nada na competição, foram a campo e deram um verdadeiro baile no Santos de Marcelo Fernandes. O Fluminense, que havia sido campeão da Libertadores, foi com o time titular e deu um show. O Fortaleza, que não almejava mais nada no campeonato, tratou o Santos como se fosse nada e rebaixou o time santista em plena Vila Belmiro. Agora, o Santos, ao invés de jogar sério contra CRB e Sport, dá – como deu ontem – uma colher de chá para os adversários em suas respectivas brigas. O CRB, com a vitória, se safou de cair.

Vale lembrar que o Santos, em 2014, “ajudou” seu rival Palmeiras. O efeito borboleta não perdoou. O fim da história, todo mundo sabe.

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