Em fala ao Conselho Deliberativo na noite desta segunda-feira (9), o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, voltou a falar sobre a permanência de “pilares” que foram fundamentais para o que resultou no rebaixamento do clube.
“Falam que essa comissão técnica gerou o rebaixamento. Tenho outra visão. Gallo, Marcelo Fernandes e Arzul geraram o rebaixamento? Participaram. Mas foram responsáveis diretamente pelo rebaixamento? Posso avaliar de várias maneiras, mas não vou me alongar sobre isso”, disse Teixeira.
Beira o absurdo ter que ouvir uma declaração dessas um ano após o pior dia da vida do torcedor santista. Marcelo Fernandes teve quase um turno inteiro para tirar o Santos do rebaixamento, algo que não conseguiu. O time do Peixe, em campo, parecia não ter tática alguma; eram apenas jogadores escalados, posicionados, e nada mais. Zero tática por parte do treinador.
Inclusive, o jornalista Musetti publicou, um dia antes do jogo contra o Fortaleza, que a atividade do Santos foi um “rachão”. Ou seja, o Peixe, que precisava vencer um Fortaleza totalmente arrumado e com um ótimo técnico, ficou “brincando” no CT antes da decisão. Sem falar de Gallo, que fez contratações ruins e continua com total prestígio por parte do presidente santista.
Mas, para Marcelo Teixeira, o técnico santista na ocasião não teve culpa. “Culpa” teve o torcedor santista, que acreditou até o último minuto na permanência do time na Série A do Brasileirão. Também vale lembrar que, em entrevista ao Meu Peixão, Fernandes afirmou com todas as letras que foi convidado por Marcelo Teixeira, ao final de 2023, para continuar no comando técnico do clube. Um absurdo sem tamanho.
A declaração de “MT” é um belo tapa na cara de todos nós que prezamos pela profissionalização do Santos. Aliás, gostaria de perguntar ao presidente Teixeira, que é empresário, se ele manteria nas empresas dele empregados que não tem resultados satisfatórios. Acredito que não. Então por qual motivo todos que participaram e tiveram culpa no rebaixamento ainda continuam no clube? Amizade? Queremos um Santos gerido com seriedade, não na base do coleguismo.