O apito final da partida entre Santos e Botafogo-SP, na última quarta-feira (5), trouxe mais uma preocupação para a equipe santista no Campeonato Paulista. Com apenas oito pontos em sete rodadas, o Peixe registra seu pior desempenho desde 2017, ano em que foi adotado o atual regulamento da competição.
A pontuação atual é inferior aos três anos da Gestão Rueda, período em que o Santos flertou com o rebaixamento no estadual. Em todas essas temporadas, O Santos somava 9 pontos na mesma altura do torneio, mesmo em 2021, quando o país o atravessava o momento mais crítico da pandemia. A situação na tabela só não é pior porque algumas equipes têm rendimento ainda inferior. No entanto, com a classificação atual, o Santos não se classificaria em nenhum dos outros grupos.
Problema aéreo e falta de oportunidades para Gil
Outro ponto que tem incomodado a torcida santista é a fragilidade da equipe nas bolas aéreas. Além disso, o técnico Pedro Caixinha promoveu um rodízio na dupla de zaga, mas sem dar oportunidades a Gil, zagueiro que foi destaque na temporada passada. O defensor entrou em campo pela primeira vez no Paulistão apenas na última quarta-feira, jogando cerca de 20 minutos.
Questionado sobre a situação na coletiva de imprensa, o técnico auxiliar Pedro Malta manteve postura neutra em relação a Gil — mesma atitude adotada por Caixinha. Curiosamente, um dos pontos fortes do defensor é justamente o jogo aéreo, tanto defensivo quanto ofensivo, uma deficiência notória da equipe santista.
Dois jogos decisivos fora de casa
Nas próximas rodadas, o Santos terá dois compromissos como visitante, contra Novorizontino (10 pontos) e Corinthians (19 pontos). Caso não consiga bons resultados, o Peixe pode chegar pressionado ao duelo contra o Água Santa, no domingo (16), na Vila Belmiro. Para evitar uma crise ainda maior, a equipe precisa buscar com urgência uma vitória no Estádio Jorge Ismael de Biasi.
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