Em sua primeira entrevista como técnico do Santos, Cléber Xavier abordou dois temas sensíveis para o torcedor: o alto número de atletas no departamento médico e o papel de Neymar, mesmo afastado dos gramados por lesão.
🏥 Lesões e elenco curto: Cléber quer foco no que tem à disposição
Questionado sobre os desfalques e o impacto das lesões no início de seu trabalho, Cléber demonstrou consciência sobre o desafio de lidar com um calendário apertado e elenco fisicamente desgastado, mas preferiu focar na construção com os jogadores disponíveis:
“Não são 11, 12 ou 13, temos que contar com mais atletas. Jogador não consegue repetir sempre pelo desgaste. Fabio (Mahseredjian) sempre fala sobre não ter como não lesionar, o esporte leva a isso mesmo com o máximo de cuidado.”
O treinador revelou que ainda não teve conversa direta com o coordenador de performance, mas que isso será feito nos próximos dias:
“Não falei com o Fabio, nos reunimos com o departamento sobre aspectos clínicos e físicos. Fabio e departamento de saúde conversaram sobre isso, eu foquei nos atletas à disposição para o jogo. Vamos no decorrer da semana conversar e acertar esses detalhes.”
👑 Presença de Neymar: referência dentro e fora de campo
Mesmo fora dos gramados, Neymar já tem papel ativo na construção do ambiente proposto por Cléber Xavier. O técnico elogiou o camisa 10 por seu envolvimento e liderança nos bastidores:
“Faz isso muito bem, tem essa preocupação, traz alegria ao vestiário. Falamos rapidamente ontem sobre isso. A importância dele participar mesmo sem jogar.”
Na busca por criar unidade entre base, reforços e atletas experientes, Cléber vê a postura do craque como um exemplo positivo:
“Fiz a primeira conversa ontem, conversei que quem estava fazendo tratamento era para voltar e eu trabalharia com os que estavam à disposição. Nenhum saiu, todos ficaram e participaram. É um passo importante para essa unidade que eu quero trazer.”
O treinador ainda ressaltou que o elenco atual vive uma fase de transição, com jogadores subindo da base, outros retornando de lesão e novos nomes se integrando — o que reforça a importância de um ambiente coeso:
“Não é que não há uma unidade, é uma situação nova. Quem subiu, quem voltou, base, os que chegaram. Criar uma unidade, uma relação mais forte entre todos eles.”
Com isso, Cléber Xavier dá o tom de seu trabalho inicial no Santos: resgatar a identidade coletiva do elenco, respeitar as limitações físicas e cultivar uma liderança silenciosa — mas presente — com Neymar como pilar simbólico.
