Após a derrota para o Bragantino em plena Vila Belmiro, a permanência de César Sampaio como técnico interino do Santos parece ter chegado ao fim. A apatia da equipe e a falta de controle durante a partida do último domingo escancararam que o atual comandante ainda não está pronto para assumir o clube em definitivo. Apesar de Sampaio demonstrar disposição para continuar, internamente há um consenso de que ele não é a solução, nem mesmo a momentânea.
A diretoria do Santos corre contra o tempo para conter a crise, enquanto busca um nome capaz de reorganizar o time dentro e fora de campo. No entanto, as opções ventiladas ainda dividem opiniões nas várias alas do clube.
Nos bastidores, o nome de Dorival Júnior, era consenso na diretoria, que tentou até o último instante contar com técnico no comando alvinegro. Embora muitos acreditem que sua recusa tenha relação com um suposto projeto mais sólido do Corinthians, fontes próximas indicam outro motivo: a presença de Neymar no clube da Vila. Apesar de ambos terem supostamente feito as pazes nos bastidores da CBF, Dorival ainda carrega mágoas do episódio que culminou em sua saída do Santos em 2010, quando o então jovem Neymar teve forte influência na decisão.
Entre as opções no radar, o nome de Fernando Diniz voltou a ganhar força. Segundo apuração do portal Meu Peixão, ele já se reuniu com a cúpula santista há duas semanas. Diniz também está em negociação com o Vasco, que busca um substituto para o recém-demitido Carille. Entretanto, fontes indicam que o técnico tende a recusar a proposta vascaína, motivado pelo interesse direto do Santos e, principalmente, de Neymar, que tem grande apreço por seu estilo de jogo. Apesar disso, Diniz ainda enfrenta resistência de parte da torcida, que vê com desconfiança sua chegada neste momento turbulento.
Outro nome que volta à pauta é Vanderlei Luxemburgo. Fora do mercado desde a saída conturbada do Corinthians, Luxemburgo sempre foi bem visto pelo presidente Marcelo Teixeira. Porém, sua possível contratação gera impasses internos e está longe de ser consenso. Ainda assim, informações indicam que ele aceitaria o desafio de imediato e já teria um plano para tentar resgatar o time. Seu braço direito, Maurício Copertino, já estaria alinhado com a ideia e inclusive assumiu recentemente o time sub-20 do clube, que também vive fase ruim após a saída de Leandro Zago.
Enquanto o Santos segue tentando solucionar questões extracampo, o tempo joga contra. O clube precisa agir rápido para evitar que a crise se aprofunde nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. O presidente Marcelo Teixeira pode ter que assumir o protagonismo das decisões caso não queira ver o clube afundar ainda mais na tabela.
