O Santos Futebol Clube vive mais uma de suas novelas que beiram o tragicômico.
Hoje, a diretoria vai sentar com o staff de Matías Almeyda. Mas não se engane: é uma reunião meramente protocolar. O treinador já deixou claro que não vem. Vai escutar por educação. E o clube, como sempre, fingirá que “tentou”.
Enquanto isso, nos bastidores, quem realmente empolga o presidente Marcelo Teixeira é Ramon Díaz. E ontem, às 15h, ele escalou o CEO Pedro Martins — sim, o mesmo que ainda lamenta a saída de Caixinha em coletivas fúnebres — para conversar com o argentino.
A pergunta é simples:
Será que alguém no Santos pegou o telefone e ligou para o Corinthians pra saber o que foi a passagem de Ramon por lá?
Ou ignoraram até a opinião do parceiro de Neymar, Memphis Depay, que trabalhou com o técnico e sabe exatamente o que ele entrega?
Não adianta maquiar:
Ramon Díaz seria mais um erro.
Mais um nome jogado na roleta da diretoria que não tem convicção, não tem critério, e muito menos um padrão técnico definido.
Querem Almeyda, que defende um jogo intenso, europeu e moderno…
Depois flertam com Ramon, que atua num estilo oposto, retrancado e egocêntrico.
Na sequência, ventilam até César Sampaio.
É como se o Santos estivesse leiloando sua identidade a cada semana.
E a solução? Ela já existe.
Ela atende por Antônio Oliveira.
📌 Jovem. Estudioso. Atual. Enérgico.
Antônio é adepto de um futebol ofensivo, bem estruturado e com intensidade.
Mostrou isso no Cuiabá.
E também no Corinthians, onde, em 10 jogos, conseguiu 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, mesmo enfrentando um ambiente político turbulento e um elenco mal montado.
Deixou a impressão de que, com respaldo e tempo, pode ir muito mais longe.
O melhor?
Ele aceita o desafio de comandar o Santos.
E sim — ele é do Bertolucci.
O mesmo empresário com quem o Santos já topou barcas e acordos questionáveis no passado.
Mas agora, talvez pela primeira vez, essa relação pode render algo positivo, moderno e promissor.
E quem entende do mercado da bola?
Enquanto isso, o departamento de scouts, que tem feito um trabalho técnico sério, segue sendo solenemente ignorado.
O nome de Thiago Motta? Veio deles.
Perfil europeu, jovem, moderno, com comando de grupo e entendimento tático avançado.
Mas…
A diretoria do Santos sequer foi ao Rio pra sentar com Sampaoli.
Imagina ir pra Itália convencer o Motta.
No clube da Vila, negociar técnico virou tarefa de home office.
Resumo da ópera:
Quem pensa futebol no Santos é ignorado.
Quem paralisa negociações, continua ocupando os cargos, ditando as ordens e discursando como se fosse solução.
A torcida? Cansou de ser feita de boba.
Quer técnico. Quer projeto. Quer identidade.
E quer um Santos que pare de errar com convicção — e comece a acertar com coragem.
