A segunda-feira marca o aniversário de Marcelo Teixeira, presidente do Santos Futebol Clube. Mas, ao invés de comemorações tranquilas, o mandatário santista parece ter recebido de presente um clube em chamas. Após a derrota para o Bragantino, Teixeira prometeu falar com os jornalistas, mas deixou a Vila Belmiro em silêncio, o mesmo silêncio que tem reverberado dentro de um Santos FC mergulhado em crise.
É um gesto que diz muito. O clube, já pressionado por resultados ruins, vê sua diretoria acuada e sem pulso. Quem assumiu simbolicamente a “chave do Clube” neste momento é o CEO Pedro Martins, que assistiu impassível a um desabafo de Cesar Sampaio na coletiva pós-jogo. Um pedido de socorro público, solitário, sem resposta ou gesto de apoio visível por parte da diretoria executiva.
Martins, aliás, já protagonizou uma coletiva no mínimo desastrosa, onde expôs problemas internos do clube, algo raro e delicado, sem apresentar soluções claras. O resultado? Aumentou a pressão sobre a gestão, afastou possíveis soluções como o nome de Jorge Sampaoli, que demonstrava interesse em assumir o time, e aprofundou a crise.
Enquanto isso, o torcedor observa perplexo. O Santos precisa de liderança, de rumo e, principalmente, de transparência responsável. Silenciar diante do caos pode ser compreendido como despreparo, desrespeito ou até mesmo omissão. Em meio às comemorações familiares de Teixeira, o presente que o clube espera do presidente é simples: posicionamento, ação e, acima de tudo, responsabilidade.
Se o momento exige pulso firme, o que se vê é uma diretoria que hesita. A pergunta que não quer calar é: quem, de fato, está no comando do Santos Futebol Clube neste momento tão delicado?
