Na noite desta quarta-feira (1), o Santos empatou por 1 a 1 com o CRB na Vila Belmiro, em duelo válido pela terceira fase da Copa do Brasil. Em um jogo marcado por atuações abaixo da crítica, vaias da torcida e um pênalti no apagar das luzes, coube ao goleiro Gabriel Brazão se tornar o herói improvável e evitar o que seria mais um vexame dentro de casa.
Rollheiser foi o autor do gol santista, ainda no primeiro tempo, após sequência de jogadas de bola parada. O argentino foi o único a tentar algo criativo no meio-campo, praticamente sozinho, enquanto a lentidão e o espaçamento da equipe geravam insatisfação nas arquibancadas. Guilherme — muito criticado — saiu com dores, mas sem deixar saudades. Veron e Tiquinho também pouco produziram, e o time se mostrou inofensivo ofensivamente durante quase todo o jogo.
O empate do CRB veio no segundo tempo, em um chute indefensável de Breno Herculano, após falha individual de Gil. O zagueiro sentiu o lance, ficou agachado no gramado e pediu desculpas aos companheiros e ao banco de reservas.
O drama aumentou no fim: o VAR assinalou pênalti cometido por Gil, e o cenário apontava para um desfecho trágico. Mas Brazão brilhou, defendeu a cobrança e manteve o empate. Na sequência, Leo Godoy foi expulso ao parar um contra-ataque no desespero.
Público: 10.350 torcedores
Renda: R$ 555.007,50
Mesmo com o futebol pobre, a Vila teve mais de 10 mil fiéis presentes — testemunhas de mais um desempenho frustrante.
No apito final, a torcida não perdoou: gritos de “Time sem vergonha!” ecoaram das arquibancadas. Um retrato da paciência se esgotando diante de atuações abaixo do mínimo aceitável para a história do Santos.
Cléber Xavier terá muito trabalho. O time segue com sérias limitações técnicas, falta de entrosamento e um meio-campo sem aproximação. A classificação está em aberto, mas o sinal de alerta já está ligado.
O jogo de volta será em Alagoas. E se o Santos quiser avançar, vai precisar mostrar muito mais do que mostrou hoje.
