A estreia de Cléber Xavier como técnico do Santos não teve o desfecho esperado. O empate em casa, somado a novos protestos da torcida, aumentou ainda mais a pressão sobre o elenco e o novo comandante, que tenta implantar sua metodologia em meio a uma fase turbulenta vivida pelo clube.
Na entrevista coletiva após a partida, Xavier reconheceu o ambiente de tensão e revelou que, mesmo com apenas dois treinos à frente do time, buscou trabalhar o aspecto emocional do grupo.
“O ambiente de pressão já existia. A gente sabia que, se o resultado não viesse, iria aumentar. Tentamos trabalhar a questão mental também nos dois treinos que fizemos”, afirmou.
Uma das escolhas que chamaram a atenção foi a escalação de Guilherme e Diego Pituca, jogadores que vêm sendo alvos constantes de críticas da torcida. “Foram decisões pensadas. Optamos por mantê-los porque acreditamos que podem nos ajudar a sair desse momento”, explicou.
Apesar das limitações, Cléber Xavier já projeta reforços importantes para a próxima rodada. Segundo ele, Soteldo, Thaciano e Gabriel Bontempo devem estar à disposição contra o Grêmio.
“Para esse jogo eu tinha poucas opções. O David (Washington) teve que entrar pela direita. A volta desses jogadores pode dar mais alternativas”, comentou.
Sobre os erros recorrentes na defesa, o técnico santista citou a necessidade de corrigir as falhas e pediu mais calma na saída de bola.
“O Aderlan tenta uma bola de corredor, o jogador devolve, o Gil também tenta e acaba batendo mal. A bola sobra e vira gol. Foi parecido com o gol do Sasha contra o Red Bull. Precisamos corrigir, ter paciência na construção, no passe certo”, analisou.
O próximo desafio do Santos será no domingo, às 16h, fora de casa contra o Grêmio, em partida válida pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ambas as equipes estão na zona do rebaixamento, e somente a vitória interessa para tentar aliviar o clima tenso e evitar o aprofundamento da crise.
