Pedro Caixinha foi demitido do Santos em 14 de abril, mas a história está longe de acabar: o clube registrou sua saída no BID da CBF sem acordo formalizado e agora enfrenta um processo de R$ 15 milhões aberto pelo treinador na FIFA.
O motivo? O Santos quer pagar a multa rescisória parcelada, em até três anos. Já Caixinha, amparado pelo contrato, exige o valor à vista. Sem negociação finalizada, o Peixe agiu por conta própria — e isso pode custar caro.
A primeira negativa do português foi clara. Ainda assim, o clube insistiu. Sem resposta definitiva, decidiu oficializar o rompimento unilateralmente e passou a bola para o departamento jurídico.
O estafe de Caixinha não deixou barato. Alega que a atitude do Santos fere o regulamento da CBF, já que a rescisão foi registrada sem assinatura do técnico. A diretoria, por outro lado, afirma que vai pagar, mas no tempo que o caixa permitir.
Marcelo Teixeira, presidente do clube, afirmou ao UOL que recebeu uma mensagem “cordial” de Caixinha na quinta-feira (1), sinalizando interesse em um novo acordo. A ideia agora é reduzir o prazo de pagamento, garantindo que a dívida seja quitada até o fim de seu mandato, em 2026.
Mas o prazo para acordo venceu. E segundo a apuração do portal “Trivela”, neste sábado (3), o técnico português, junto de seus auxiliares Pedro Malta e José Pratas, o preparador físico Guilherme Gomes e o preparador de goleiros José Belman, acionou a FIFA. Todos cobram juntos os R$ 15 milhões referentes à rescisão.
O Santos corre um sério risco de ser punido com um transfer ban, que o impediria de registrar novos jogadores.
Essa multa é um absurdo, totalmente fora da realidade do Santos. Mostra, mais uma vez, como a diretoria aparenta viver em um mundo à parte.
Em vez de fazer um contrato “pés no chão”, com cláusulas que protegessem o clube, assinaram um acordo que agora sufoca o Santos e vira mais uma dor de cabeça.
