Zé Rafael chegou ao Santos como quem conhece os atalhos do futebol, mas sem romantizar o momento. Em sua apresentação, o meia abriu o jogo sobre os desafios físicos, a adaptação ao novo estilo tático com o técnico Cléber Xavier e a possibilidade de estrear justamente no estádio onde fez história com a camisa do rival.
Recuperando-se de uma cirurgia rara, o atleta de 31 anos falou com seriedade sobre os últimos meses longe dos gramados:
“Foram quatro ou cinco meses fora. A gente sente quando volta das férias, imagina esse tempo. Mas não vai ser a idade, nem a cirurgia que vai fazer eu perder minhas características.”
“Ano passado foi muito complicado. Tinha uma vida, mas muita gente não sabia o que estava acontecendo. Nem eu sabia da gravidade. Segui jogando no sacrifício, e isso diminuiu meu nível.”
Com DNA de líder silencioso, Zé demonstrou estar pronto para se encaixar nas necessidades do time:
“Posso jogar como primeiro ou segundo homem de meio-campo. Já fiz também a função de terceiro, mas onde estou mais habituado é nas duas primeiras faixas.”
Sobre o trabalho com Cléber Xavier, ele destacou a diferença em relação ao que vinha sendo implementado por Pedro Caixinha:
“Com certeza muda um pouquinho o posicionamento. Não tive tempo de trabalhar com Caixinha, mas o estilo de jogo do professor Xavier é diferente. A gente tem se adequado dia após dia para pegar o que ele deseja da equipe.”
Já sobre o Allianz Parque, onde pode acontecer sua reestreia no futebol após meses parado, ele falou com sinceridade:
“É uma surpresa, né? Voltar e ser lá. Joguei por vários anos no Allianz, não posso dizer que é um problema. Mas quem não está adaptado a jogar com frequência lá acaba sofrendo. Vimos isso em vários jogos, com lesões. Espero que não aconteça comigo e nem com nenhum dos meus companheiros.”
