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Barreal é a resposta que o Santos buscava no setor mais problemático da temporada

Foto: (Raul Bareta/ Santos FC)

Por muito tempo o lado direito do ataque santista foi um quebra-cabeça sem solução. Desde o início da temporada, inúmeros nomes passaram por ali sem brilho, sem consistência e, principalmente, sem resultado. Mas parece que esse cenário começa a mudar e Álvaro Barreal é o grande responsável por essa virada.

Contratado no início do ano após passagem de altos e baixos no Cruzeiro, o argentino chegou sob desconfiança. Não por falta de talento, mas por causa do momento físico: finalizou 2024 no departamento médico e passou as férias se recuperando de uma cirurgia de hérnia inguinal. Isso atrasou sua estreia no Peixe e, por pouco, não custou sua adaptação.

No entanto, bastaram algumas rodadas para Barreal mostrar que seu talento estava apenas à espera de oportunidade. Desde que ganhou sequência, o camisa 11 não só assumiu protagonismo como vem sendo um dos poucos pontos de estabilidade no time de Cléber Xavier, principalmente em um setor do campo que até então era sinônimo de inoperância tática.

Barreal não é só jogador de lado. É polivalente, inteligente taticamente e tem demonstrado entrega acima da média. Pode atuar tanto como extremo quanto mais por dentro, contribuindo com a construção ofensiva e também na recomposição. Seu desempenho contra o Fortaleza, quando abriu o placar e foi decisivo para a vitória que tirou o Santos da zona de rebaixamento, é apenas um exemplo do impacto imediato que tem gerado.

Comparando com seus números no Cruzeiro, onde fez 42 jogos com apenas dois gols e quatro assistências, o contraste é gritante. Em apenas 12 partidas no Brasileirão com a camisa do Santos, Barreal já marcou três vezes. Mais relevante do que os números frios é a influência real no jogo: 27% de participação direta nos gols do time enquanto esteve em campo, 67% das partidas como titular e uma média de 55% dos minutos disputados. Nada mal para alguém que chegou desacreditado e lesionado.

Além da contribuição técnica, há também um claro compromisso emocional com o grupo. “Estamos trabalhando muito… Temos muito desejo de ganhar, somar três pontos e sair da zona de rebaixamento”, declarou à Santos TV.

O empréstimo vai até o fim do ano, e o clube tem opção de compra. Com a performance atual, a tendência é que essa cláusula se transforme em uma prioridade absoluta para a diretoria alvinegra. Jogadores como Barreal, que unem entrega, inteligência tática e regularidade, são joias raras em um mercado cada vez mais inflacionado e escasso de soluções prontas.

Se o Santos conseguir manter o argentino em definitivo, terá dado um passo importantíssimo não apenas para o presente, mas para a construção de uma equipe mais sólida para os próximos anos. E, quem diria, tudo começou com um setor esquecido que agora tem um dono incontestável.

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