O que vimos no último sábado não foi um ato heroico, tampouco um empate com sabor de vitória. O que se viu na Ilha do Retiro foi um show de horrores comandado por Cléber Xavier. Se o Sport tivesse sido minimamente mais eficaz, a história poderia ter terminado em goleada. O empate, na verdade, foi um presente da equipe pernambucana e não mérito do Santos.
Na coletiva pós-jogo, Cléber demonstrou segurança no cargo e satisfação com o desempenho da equipe. Mas a que custo? A postura preocupa, pois transmite a sensação de que, dentro da Vila Belmiro, o momento não exige mudanças. O filme é conhecido: será que a diretoria vai esperar, como em 2021, 2022 e 2023, chegar ao ponto crítico para só então agir?
O elenco recebeu reforços interessantes nesta janela, mas a verdade é que a equipe continua sem identidade e sem um padrão de jogo que a tire da incômoda zona de rebaixamento.
E, enquanto isso, nomes de peso como Juan Pablo Vojvoda e Jorge Sampaoli estão disponíveis no mercado. Será que, diante do cenário atual, não seria mais prudente apostar em um treinador com perfil capaz de mudar o prognóstico sombrio que paira sobre o clube?
A partida de sábado deixou claro o que a direção insiste em não enxergar: Cléber Xavier não está preparado para comandar um papel de protagonismo, mesmo com sua vasta experiência como auxiliar de Tite. O Santos, que tem elenco superior a vários concorrentes na tabela, segue se arrastando por conta de decisões equivocadas no comando técnico.
Alexandre Mattos esteve presente, provavelmente buscando respostas para a estagnação. Mas, ao que parece, acabou convencido a assistir de pé aos próximos capítulos desse “terror santista” que promete se arrastar por pelo menos mais 22 rodadas, a menos que uma decisão firme seja tomada.
