Enquanto houve avanços na presença feminina dentro de campo com as Sereias da Vila (nosso futebol feminino), fora dele pouco se avançou.
Segundo uma pesquisa feita no final de 2019 pelo então diretor do Ibope, José Colagrossi, pode não parecer, mas somos dos times da Série A do Brasil a mais masculina: 2/3 de nossa torcida é composta por homens.
No quadro associativo santista nada muda, segundo dados do raio x do Sócio Rei (do dia 07/03/2021), somos 16,59% de 22.082 sócios, isso equivale a aproximadamente 3.664 mulheres que são associadas – mesmo com a mensalidade de R$13,50 (plano silver). Vale dizer que pouco se tem feito ao longo das gestões para que as mulheres sejam sócias titulares, tendo em vista que isso é cultural em meio aos santistas (colocam esposas e filhas como suas dependentes).
Quando passamos para o campo da política e, aqui, vou falar do Conselho Deliberativo, porque para presidente ou vice ainda estamos longe de ter uma mulher, infelizmente.
Mulheres são apenas 3,6% dos Conselhos Deliberativos dos clubes da Série A do Brasil (nós estávamos em 11° – dados de 2019). Dos grandes de São Paulo, mulheres não chegam a 5%. No Santos, por exemplo, tivemos na gestão Peres/Rollo o maior número da história do clube: 7 (a atual gestão não divulgou o número de conselheiras). Vários fatores influem para a torcedora santista fazer parte da política, além de ser sócia titular, ter mais de 18 anos, 5 anos ininterruptos como sócia, encontrar um tempo na nossa dupla/tripla jornada, o apoio de quem está ao nosso lado e o principal: a nossa vontade em querer participar.
Torço para que nós mulheres possamos conquistar cada vez mais o nosso lugar em todos os setores da sociedade, e no futebol cada vez mais torcedoras, sócias, conselheiras, jogadoras, técnicas, dirigentes…
Porque lugar de MULHER É ONDE ELA QUISER!!!
♥️ Feliz nosso dia Santistas ♥️