Santos anunciou nesta sexta-feira (19), a contratação do meio-campista Patrick, que estava no Atletico Mineiro.O Peixe vai pagar 1 milhão de dólares (R$ 5,1 milhões, na cotação atual), em 12 vezes a partir de 2025, para adquirir 80% dos direitos econômicos do jogador. O Galo permanece com 20% do atleta, visando uma venda futura.
QUEM É PATRICK “CHOCO”?
Patrick em sua comemoração característica (Foto: Divulgação/Ricardo Duarte)
Natural do Rio de Janeiro, Patrick tem 31 anos, 1,76m, atua como meio-campista e está em sua décima quarta temporada como jogador profissional.
O atleta iniciou sua trajetória no futebol em 2011, no Operário (RS). Após rodar por alguns clubes, chegou ao Sport (PE), em 2017. No clube de Recife, o meia se destacou rapidamente, fazendo uma boa temporada e chamando a atenção do Internacional, que o contratou no ano seguinte.
Foram 4 temporadas disputadas pelo Colorado, no momento de maior evidência da carreira do atleta. Entre 2018 e 2020, o Pantera esteve entre os melhores meias do futebol brasileiro e foi peça fundamental no elenco do Inter.
Em 2022, por conta do desgaste com a torcida colorada, Patrick se transferiu ao São Paulo. No tricolor, mais uma boa temporada em números, que fizeram o Atletico Mineiro pagar R$ 8 milhões pela compra do meia.
Em Minas Gerais o rendimento não foi o esperado, fazendo com que o jogador tivesse pouco minutos, a maioria deles vindo do banco de reservas. Em 2024, foram apenas 3 partidas, nenhuma como titular.
E COMO JOGA?
Patrick é canhoto, atua como meiocampista, ocupando preferencialmente o lado esquerdo do campo.
Ofensivamente, o Pantera é um jogador de muita versatilidade. Podendo atuar mais aberto pelos lados do campo, como ala ou extrema, ou centralizado, jogando a frente do primeiro volante. No São Paulo, em alguns momentos, chegou a atuar até mais adiantado, como segundo atacante.
Mapa de calor do meia na última temporada (Divulgação: Sofascore)
O meia apresenta muita mobilidade nos momentos em que sua equipe tem a bola, gostando de estar sempre próximo do centro do jogo (bola). Quando atua mais aberto, costuma realizar movimentos de fora para dentro, saindo do corredor lateral e indo para o corredor central para ocupar os espaços.
Outra característica muito importante é a de “pisar na área”. Patrick sempre busca estar próximo da meta adversária, acumulando bons números de gols e assistências durante a carreira.
“Independente da posição, onde o professor me coloca, tento dar o meu melhor. É assim que eu penso. Se ele me colocar de atacante, tento dar o meu melhor, ajudar com gol. Se me botar de volante, tento ajudar na transição ofensiva também”, disse o meia em entrevista ao GE em 2018.
Defensivamente, sempre foi caracterizado por suas valências físicas e intensidade. Patrick realiza muito bem os movimentos de pressão na saída de bola adversaria e o perde-pressiona nas transições defensivas.
No seu auge físico, em 2019, no Internacional, teve uma média de 3.0 desarmes por partida (0,2 a mais que João Schmidt no Paulistão deste ano), bons números de duelos vencidos pelo chão (6.9 por partida) e disputas de bola vencidas (7.9 por partida).
NÚMEROS EM 2023
45 Jogos (15 de titular)
34min em campo por partida
1 Gol
2 Assistências
09 Passes para finalização
0.3 Chutes realizados por jogo
0.0 Chutes no gol por partida
0.6 Dribles certos (44% de conversão)
83% de passes certos por partida
5.6 Passes certos no terço final (75% de conversão)
0.3 Bolas recuperadas por jogo
2.9 Disputas de bola vencidas (47% das disputas vencidas)
2.4 Duelos ganhos no chão (48% de duelos ganhos)
11.4 perdas de posse de bola por 90min
(Fonte: Sofascore)
E VAI AJUDAR?
Após emplacar anos sequenciais atuando em alto nível e figurando entre os melhores da posição no país, Patrick demonstrou uma queda brusca de rendimento desde que chegou ao Galo.
Muito dependente de seu físico, o meia parece ter perdido uma de suas principais características de intensidade mobilidade.
Caso consiga retomar os bons momentos da carreira, o Pantera Negra pode se tornar peça importante para o esquema de Carille. Atuando mais aberto ou centralizado, o jogador pode aumentar o leque de opções táticas do treinador.
