Carille está prestes a redefinir sua trajetória no futebol brasileiro. Durante sua passagem pelo Corinthians, enfrentou uma novela intensa com uma proposta do mundo árabe, recusando até onde pôde. A famosa história do “caminhão de dinheiro” que se multiplicou para dois caminhões ainda ressoa, com direito a uma discussão acalorada em coletiva de imprensa. Ana Canhedo e Fillipe Camargo estavam lá, e um pouco mais de pressão poderia ter desencadeado a mesma reação.
BATE-BOCA DE CARILLE COM JORNALISTA APÓS CLASSIFICAÇÃO DO CORINTHIANS
Recentemente, Carille estava na segunda divisão japonesa, aparentemente comprometido com o clube local. No entanto, não cumpriu seu contrato e se transferiu para o Santos. Isso resultou em uma enxurrada de notas oficiais do time japonês e uma ação judicial contra o técnico, girando em torno de R$ 22 milhões. Embora o Santos não seja solidário na ação, rumores indicam que Marcelo Teixeira ofereceu incentivos baseados em metas para minimizar esse valor em caso de condenação. Carille deixou o Japão pela porta dos fundos, provavelmente sem chance de retorno.
No Santos, chegou sob grande desconfiança da torcida, mas rapidamente conquistou resultados, culminando no vice-campeonato paulista. Sua simpatia com a imprensa o transformou no queridinho da torcida. No entanto, a sequência de derrotas na Série B mudou seu humor e atitude com os jornalistas, demonstrando crescente impaciência. Boatos indicam que elementos antes insignificantes passaram a incomodá-lo, inclusive a presença de Marcelo Teixeira Filho e amigos, seu principal elo com a diretoria do Santos.
Sempre fui contra a presença de pessoas externas à equipe técnica no vestiário. Se isso ocorre, o técnico deve resolver internamente, evitando alimentar a imprensa sedenta por polêmicas.
Carille comunicou ao presidente Marcelo Teixeira, Alexandre Gallo, ao elenco e ao recém-chegado CEO Paulo Bracks que permanecerá na Vila Belmiro. Contudo, em todas as oportunidades de reafirmar isso para a torcida, ele complica a situação. Não confirma sua permanência nem a saída. Após uma vitória em Fortaleza, teve a chance de encerrar a polêmica, mas preferiu jogar a responsabilidade para seu empresário, sem esclarecer nada.
O Corinthians enfrenta um período conturbado, repleto de polêmicas dentro e fora de campo, perda de patrocínios e jogadores pedindo rescisão por falta de pagamento, com o time flertando com a zona de rebaixamento. Vale a pena Carille abandonar um projeto sólido e respaldado para se aventurar nessa “barca” de Parque São Jorge?
