O Santos não saiu do zero com o Amazonas na tarde deste sábado (24), no estádio Vila Viva Sorte. Com o empate, o Alvinegro chegou aos 39 pontos e se mantém na terceira colocação do brasileirão da Série B, mas pode perder mais uma posição ainda nesta rodada.
O JOGO
O primeiro tempo começou de uma maneira que despertou um pouco de esperança no torcedor santista. A intensidade da equipe era maior do que nas últimas partidas. O time que iniciou o jogo estava recheado de mudanças. Sandry no lugar de pituca, Rodrigo Ferreira na direita, Giuliano voltando, Wendel Silva estreando. Mas a verdade é que esse gás todo durou apenas 15 minutos, porque, depois disso, o time voltou a sua normalidade: lento, espaçado em campo e sem nenhuma criatividade.
Gabriel Brazão, que vive grande momento, foi o responsável por não permitir que a equipe do Amazonas abrisse o placar. Em cobrança de falta o arqueiro do Peixe fez uma linda defesa. O Santos tinha mais de 60% de posse de bola, mas não finalizava. Aos 30 minutos de jogo, o Amazonas já tinha cobrado três escanteios enquanto o Santos não havia cobrado nenhum.
Otero, que havia perdido a vaga de titular no jogo anterior para o Pedrinho, começou como titular porque o camisa 7 estava suspenso, mas não aproveitou nada a nova chance e foi muito mal na etapa inicial. Giuliano, fora de ritmo, desaparecido do jogo e João Schmidt também abaixo. Sandry, por sua vez, mesmo discreto, apareceu mais para o jogo. Wendel Silva até se movimentou, mas também não conseguiu ter nenhuma chance de finalizar e a primeira etapa terminou sem gols.
Na saida dos times para o vestiário, o que se ouviu foram muitas vaias. A torcida do Santos, até mesmo antes de começar o jogo já estava vaiando o Carille e, depois de um primeiro tempo ruim, voltou a criticar. O nervosismo do time era claro e evidente, principalmente em algumas tomadas de decisões erradas.
SEGUNDO TEMPO
O Peixe voltou para a etapa final sem nenhuma alteração. O Amazonas estava bem postado, deixava o Santos com a bola, mas não ficou somente marcando. Assim que roubava a bola, o time do norte brasileiro conseguia ligar bons contra-ataques e levava perigo a meta de Brazão, que por mais uma oportunidade, estava muito bem na partida.
O Santos impôs um volume interessante nos primeiros 13 minutos, buscando achar os pontas para efetuarem jogadas. Giuliano bateu uma boa bola para a defesa do Marcão, mas em um lance para matar o contra golpe do Amazonas, Escobar entrou forte no adversário e foi expulso. O Santos, a partir daquele momento, teria que atuar por um pouco mais de 30 minutos com um jogador a menos.
Assim que aconteceu a expulsão de Escobar, Carille não esperou e já promoveu três trocas de uma só vez. Souza, Patati e Pituca entraram para as saidas de Otero, Giuliano e Sandry. Mesmo com dez jogadores em campo, o Peixe ainda tentou ficar com a bola e pressionar o adversário, mas, por estar com um a menos, oferecia muitos espaços para o Amazonas. Em um dos contra-ataques, Jair falhou feio, mas Brazão saiu bem no pé do adversário e, por mais uma oportunidade, evitou o gol.
O Santos também teve chance clara para abrir o arcador. Furch, que havia entrado no lugar do estreante Wendel Silva, fez o pivô e achou Guilherme passando no corredor. O camisa 11 conduziu, entrou na área, mas bateu mal. Marcão fez uma boa defesa e, no rebote, João Schmidt acabou se atrapalhando com a bola. Depois disso, o que se viu foi um Santos todo desorganizado, tentando atacar no abafa, principalmente com Patati que sofreu algumas faltas, mas nada que levasse tanto perigo ao gol do adversário.
Aos 52 minutos do segundo tempo, a partida acabou com mais um empate do Santos. As vaias e gritos de “não é mole não, tem que honrar a camisa do Peixão”, automaticamente tomaram a Vila Belmiro. Nas últimas seis partidas da Série B o Peixe venceu apenas uma. São três jogos consecutivos sem saber o que é conquistar três pontos jogando em casa.
Público: 10.967
Renda: R$ 488.550,00
