Nos últimos 10 anos, os únicos momentos de brilho do Santos aconteceram quando a diretoria bancou o técnico até o fim da temporada. Coincidência? Nem de longe.
Trocar técnico no Santos virou rotina.
Quase uma tradição perversa: perdeu, troca. Empatou, troca.
Mas basta olhar para a história recente para perceber o que muita gente se recusa a admitir:
quando o Santos teve coragem de bancar um técnico, o sucesso veio.
E as exceções falam por si:
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2016 – Dorival Júnior: campeão paulista, vice-campeão brasileiro.
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2019 – Jorge Sampaoli: vice-campeonato brasileiro com campanha histórica.
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2024 – Fábio Carille: campeão da Série B (sem aplausos, apenas um alívio triste).
Três anos de convicção. Três anos de resultados.
Todo o resto? Instabilidade e decepção.
🤔 Coragem paga resultado: exemplos que o Santos esqueceu
Dorival Júnior (2016)
Foi criticado? Foi.
Cobraram sua saída? Cobraram.
E o que a diretoria fez? Bancou.
Resultado: o último título relevante da história recente do Santos.
Desde então, só colecionamos frustrações.
Jorge Sampaoli (2019)
Bateu de frente com a diretoria? Sim.
Reclamou da falta de reforços? Também.
Mesmo assim, foi mantido e entregou um Santos vibrante, vice-campeão brasileiro, respeitado e temido.
Fábio Carille (2024)
Sobreviveu à pressão da Série B, mesmo sem convencer.
Subiu o time.
Mas sejamos honestos: ninguém vibra com título da segunda divisão.
Foi obrigação. Um trauma, não uma conquista.
🎯 E nos outros anos? O caos sem fim:
Veja a dança dos técnicos ano a ano:
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2015: Enderson Moreira ➡️ Marcelo Fernandes ➡️ Dorival Júnior
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2017: Dorival Júnior ➡️ Levir Culpi ➡️ Elano
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2018: Jair Ventura ➡️ Cuca
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2020: Jesualdo Ferreira ➡️ Cuca ➡️ Marcelo Fernandes (interino)
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2021: Ariel Holan ➡️ Marcelo Fernandes (interino) ➡️ Fernando Diniz ➡️ Fábio Carille
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2022: Fabián Bustos ➡️ Marcelo Fernandes (interino) ➡️ Lisca ➡️ Orlando Ribeiro (interino)
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2023: Odair Hellmann ➡️ Paulo Turra ➡️ Marcelo Fernandes
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2025: Pedro Caixinha ➡️ César Sampaio (interino)
Troca, improviso, mais troca, mais improviso.
O resultado? Um Santos que esqueceu o que é estabilidade.
🚨 O que a história grita (e a diretoria insiste em ignorar)
Quando o Santos banca um técnico, os resultados aparecem.
Quando se entrega à pressão da arquibancada, o caos se instala.
A pergunta é simples:
Até quando um único jogo vai decidir o futuro de todo um projeto?
Enquanto a diretoria agir como torcida de rede social — exaltando vitórias e pedindo cabeças após derrotas —, o Santos seguirá vivendo de passado, colecionando traumas e desperdiçando gerações.
A fórmula é clara:
Bancar dá trabalho. Mas dá resultado.
Trocar por desespero gera manchetes. Nunca títulos.
