Futebol

Cléber Xavier prega equilíbrio e clareza: “Todos marcam. Não dá para abrir mão”

Na coletiva de apresentação como técnico do Santos, Cléber Xavier reforçou seu compromisso com um futebol ofensivo, mas bem estruturado. Com mais de duas décadas ao lado de Tite, ele deixou claro que a base do seu trabalho será construída com clareza, relação direta com o elenco e entendimento coletivo dos momentos do jogo.

“O que mantém é a relação direta, aberta e clara com quem me comanda e está ao meu lado. Dedicação total. Conseguimos assim os grandes resultados que tivemos”, afirmou.

Para Cléber, o futebol atual exige adaptação constante, principalmente diante de um calendário exigente e pouco tempo para treinar:

“Futebol é dinâmico, variável. Tem que jogar às 18h na quinta, viaja, outra competição. Não dá para desenvolver sem tempo. Temos tempo rapidamente entre Grêmio e Ceará para colocar alguns conceitos e fazer com que os jogadores entendam e desenvolvam”.

Mas se há pouco tempo para treinar, há pouco espaço para confusão: a comunicação precisa ser clara, principalmente sobre a responsabilidade defensiva de todos.

“Hora de defender é de defender. Muitos pensam que jogadores ficam liberados de marcar. Poucos no mundo têm essa liberação. Todos marcam, participam, não dá para abrir mão”, cravou o treinador.

Ofensivo, sim — mas com responsabilidade

Cléber também tratou de derrubar o mito de que um time ofensivo precisa ser desorganizado ou suicida. Segundo ele, ser propositivo exige inteligência, especialmente contra adversários que se defendem em bloco baixo.

“Tem que ser ofensivo, mas às vezes é difícil contra quem defende em linha baixa. Tem que saber ser ofensivo contra essas equipes”.

O treinador ainda citou o exemplo recente do Internacional para ilustrar o quanto a análise fria do placar pode mascarar o desempenho real de uma equipe ofensiva.

“Não consegui ver o Inter, mas escutei que o Inter criou imensas oportunidades e ganhou de 1 a 0, mas a realidade não era essa e a bola não entra. E aí se analisa por que a bola não entrou.”

Com essa abordagem, Cléber Xavier demonstra que chega ao Santos não com fórmulas prontas, mas com experiência, leitura de contexto e um objetivo claro: montar um time que jogue com propósito e equilíbrio, sem abrir mão da competitividade.

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