Em entrevista à ESPN nesta quinta-feira (2), o presidente Marcelo Teixeira falou grosso: o momento é de reconstrução, e todas as decisões recentes têm base em planejamento — por mais impopulares que pareçam. Entre elas, a troca de comando técnico que culminou na chegada de Cléber Xavier.
“Faz parte esse trabalho de reconstrução”, iniciou Teixeira, deixando claro que a temporada de 2025 foi montada sob um projeto ambicioso. “Contratamos 11 jogadores para encarar esse desafio, dentre eles um dos maiores do Santos e do mundo, o Neymar.”
Ao citar Neymar como símbolo e trunfo da nova era, Marcelo mostrou que o pacote de reforços vai além do campo: é simbólico e estratégico.
O presidente também abordou a saída de Fábio Carille, técnico responsável pelo retorno do clube à Série A. Embora tenha sido pressionado ao longo da campanha, Carille entregou resultados — e, segundo Marcelo, isso não passou despercebido.
“Eu sou contra a mudança do treinador. Tivemos muitas críticas ao Carille, acompanhávamos o trabalho e os objetivos a serem alcançados. Todos foram.”
Mesmo assim, a virada de chave foi considerada necessária.
“Fizemos uma mudança da comissão do Carille para o Caixinha. Me movo pela razão. Acompanhávamos o Caixinha e decidimos que deveríamos fazer mudanças. Ele acrescentou nos processos, mas precisávamos mudar.”
Agora, o nome da vez é Cléber Xavier — uma aposta ousada, mas calculada. Braço direito de Tite por décadas, o auxiliar assume seu primeiro desafio como treinador principal em um dos momentos mais delicados da história recente do Peixe.
“Optamos pelo Cléber Xavier, experiente, com capacidade de comandar esse momento. Comissão desde o comando do Tite. Estamos esperançosos e confiantes para alcançar os objetivos de 2025 também.”
Marcelo encerrou com o tom que tem marcado sua gestão: segurança nos bastidores, mesmo com o caldeirão fervendo nas arquibancadas. Mas o tempo corre — e a paciência da torcida, como sempre, é medida por vitórias.
