Futebol

Torcida em chamas, gás na Vila e Marcelo escolhe palco seguro: ESPN e UOL, não os setoristas

Na noite da última quinta-feira (1), o Santos empatou em casa com o CRB e saiu sob gritos de “time sem vergonha”.
Nas arquibancadas, pressão pesada.
Do lado de fora da Vila, tentativa de invasão à sala de imprensa, confronto com a PM e gás de pimenta.
Clima de guerra.

E enquanto tudo isso acontecia, Marcelo Teixeira se calou.
Recusou-se a falar com o De Olho no Peixe — veículo da mídia local que cobre o dia a dia do clube, está presente nos treinos, nas coletivas, nas crises.

Mas nesta sexta-feira (2), a postura mudou.
O presidente reapareceu em cenário controlado, falando ao UOL (com PVC e Hernán) e à ESPN (com Edu Affonso e Nathalia Ferrão).

Profissionais renomados, sem dúvida.
Mas que acompanham o futebol de forma geral — não os bastidores quentes da Vila Belmiro, o pulso da arquibancada ou a rotina turbulenta do clube.

É sempre mais fácil responder a quem vê de fora.
A quem não está no olho do furacão, a quem não cutuca as feridas mais profundas.

E foi exatamente nesse ambiente “protegido” que Marcelo soltou a frase que caiu como uma bomba entre os torcedores:

“Quase 11 mil pagantes no estádio. A maioria esmagadora — pra não dizer alguns pontuais — não estavam com o mesmo espírito de revolta. Até exagerado, no meu entendimento. Exagerado.”

Exagerado?

Foi esse o recado para quem enfrenta fila, gasta o que não tem, canta os 90 minutos, e depois assiste o Santos não vencer o CRB na Vila, que um dia já foi temida no país inteiro?

A torcida não achou exagero. Achou ofensivo.
E se revoltou com o tom distante de quem parece não entender a gravidade do momento.

Pior: esse silêncio seletivo não é novidade.

Em momentos convenientes — como o anúncio da volta de Neymar — Marcelo correu para aparecer primeiro que o próprio clube, divulgando antes do Santos a maior contratação da história recente.
Na apresentação, fez questão de protagonismo.
Agora, no meio da crise, desapareceu da mídia local e escolheu a zona de conforto.

Ele fala quando quer. Com quem quer. Onde for mais confortável.
Mas não pode mais escolher como o torcedor vai reagir.

E a resposta já veio:
a arquibancada está cansada de vaidade no lugar de gestão.

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