Nesta segunda-feira, o Santos encara mais um desafio dentro e fora de campo. Em meio a uma das fases mais turbulentas de sua história recente, o clube terá pela frente não apenas o adversário no gramado do Allianz Parque, reduto palmeirense, mas também a difícil missão de reencontrar sua identidade. E é aí que entra um dos maiores patrimônios do clube: sua torcida.
Se em 2024 os grandes públicos registrados em estádios como o Morumbis e a Neo Química Arena mostraram a força do torcedor santista longe da Vila Belmiro, 2025 abre espaço para mais um capítulo dessa mobilização. Agora é a vez do Allianz Parque sentir o que é a pressão de um verdadeiro “mar branco” nas arquibancadas.
A crise institucional que assola o Santos, marcada por incertezas políticas e más gestões, ultrapassou os bastidores e se refletiu dentro das quatro linhas. O desempenho em campo até agora não empolga, e os resultados decepcionam. Mas se o futebol insiste em não fazer justiça ao tamanho do clube, a torcida pode e deve ser a faísca que reacenda a esperança.
Este não é um pedido cego por apoio incondicional. É um chamado à consciência coletiva do santista que entende a grandeza do clube e sabe que, mesmo em tempos sombrios, é possível fazer a diferença. Hoje, no Allianz, o apoio da arquibancada pode ser o diferencial para empurrar o time rumo a uma vitória tão necessária.
Protestos? Eles têm seu espaço. Mas que venham depois dos 90 minutos. Antes disso, que o estádio palmeirense se transforme em território santista. Que a camisa branca brilhe como símbolo de resistência e paixão.
Se ninguém faz nada pelo Santos, que a torcida faça. Porque clube nenhum sobrevive sem resultados, mas nenhum clube resiste sem amor.
