Bastidores

Eu, eu mesmo e Santos FC

Fala rapaziada, peixada, moçada… tudo bom com vocês? Por aqui tudo na paz, e no Reino do Futebol o cheiro é melhor que cangote de noiva.

Essa animação se deve ao fato de uma eminente classificação para a fase de grupos da Libertadores, afinal de contas, além do sacode que demos nos argentinos, parece que eles se borraram e devem jogar a segunda partida com o time alternativo.

Mas existem outros fatores que, fora do campo, tem deixado alguns torcedores mais animados que estagiário às 16h de sexta-feira.

E como explicar aqueles torcedores que ainda estão com o pé atrás? Aqueles que não entregaram seus corações para os feitos dessa diretoria?

Simples de explicar: ambos sofrem do mesmo mal, mas com reações diferentes.

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São ao menos 12 anos de poucos títulos, muitas lambanças e nome do clube envolvido em tanta notícia ruim, que é normal que haja uma reação do torcedor. E às vezes essa reação é extrema e pode atingir picos de alegria ou preocupação máxima.

Quando ouvimos que o Sabino rescindiu seu contrato, o torcedor mais esperançoso bradou aos quatro ventos frases do tipo:

“Rueda mito”, “quem é Sabino perto de Luan Peres?”, ou “onde já se viu tanto dinheiro em um zagueiro que foi rebaixado?”

Tudo para referendar a ação tomada pela gestão.

Por outro lado, parte da torcida, talvez, afetada pelas lambanças praticadas por gestões anteriores, mostrou mais preocupação com o caso, soltando frases do tipo:

“Liberou de graça?”, “o Rueda está dando o patrimônio do clube?”, ou “Por que paga para outros atletas e não para esse?”

Todas as reações são legítimas e é a forma do torcedor se expressar, mas quem tem razão? A resposta também é simples: quem disse que torcedor tem razão? Ele é emoção, e isso faz o futebol ser fantástico. Nós torcedores às vezes vestimos a roupa de analista e nos metemos a avaliar o futebol como um profissional da área e esquecemos que nem somos pagos por isso. Mesmo assim temos duas coisas ao nosso favor:

O pertencimento, afinal de contas, o clube que amamos e que às vezes nos faz perder a cabeça, para todos os efeitos é nosso. E na nossa casa podemos tudo, xingar, brigar, se alegrar e recomeçar tudo de novo.

E temos o tempo, e é ele que vai mostrar, o que de fato foi melhor para o clube que amamos, afinal de contas vamos passar todo o tempo dessa vida e da próxima amando o mesmo Santos Futebol Clube e vamos nos lembrar quem ajudou e quem prejudicou o clube.

Quem acompanha as redes sociais deve achar que temos duas diretorias, uma totalmente atrapalhada e que toma as ações por osmose, e outra com uma linha de conduta clara e definida, apostando, que um trabalho de longo prazo vai render frutos.

Sinceramente torço para que seja a segunda opção, aposto minhas fichas nisso? Não!!! É muito cedo para avaliarmos os efeitos das ações tomadas, porque durante os anos, aprendi que é o campo quem dita o humor da torcida. Por isso, tenho o tempo como aliado, e o sentimento de que o clube é meu, é do torcedor santista, e podemos cobrar e elogiar quando acharmos necessários. Mas é fundamental nos mantermos firmes como santistas, mesmo com as variações e alternâncias de poder.

Não conheço quem está no poder, mas conheço o Santos, que é time mais resiliente do mundo, isso já me basta.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Peixão.

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