Aprendi a amar o futebol feminino com o meu pai, que por muitas vezes falava que as meninas jogavam mais que os homens. Hoje, ele nos seus 94 anos nem imagina o quanto isso é atual, verdadeiro e que está acontecendo com o seu time do coração: o Santos Futebol Clube.
Em nada o futebol feminino tem de glamour se comparado ao masculino. Treinam no metro quadrado mais abandonado do CT, agora um pouco mais arrumadinho, quando no final da última gestão foi remodelado para receber as meninas.
Tem nas páginas de jornal, um espaço bem reduzido (quando tem) para informação.
Em menos de 4 meses no Twitter, estamos em 7° lugar, isso graças ao requerimento feito pela conselheira da atual gestão Valéria Mendes, porque não tínhamos espaço nessa rede social e, falando nisso, vejo e sigo as Sereias no Instagram e sinto falta de mais informações e atualização momentânea em dias de jogos, como é feita no futebol masculino.
O uniforme parece ser escolhido de qualquer jeito, até hoje não me conformo em ver na parte traseira do calção a marca do patrocinador ocupando metade do espaço, tamanho esse maior que o escudo do clube.
E mesmo com tudo isso, além da jornada dupla, da maternidade, como a jogadora Cristiane que foi mãe recentemente, a distância da família, os salários inferiores ao dos homens, a TPM, ao vestiário feito para eles, o melhor futebol do Santos vem delas.
Ketlen é a 2° maior artilheira santista pós- Pelé com 112 gols.
Sole Jaimes é a maior artilheira entre os estrangeiros da história do Santos com 58 gols, atrás dela estão Copete, com 26 gols, Carlos Sánchez, com 25 gols, e Soteldo, com 20 gols.
Às atuais jogadoras e todas as outras que por aqui passaram, meus Parabéns!!!
Se já é difícil ser mulher nesse país, imagina como jogadora de futebol. Mas, hoje, o futebol do clube é representado por vocês e merecem todos os nossos aplausos.
Bom mês de junho, Santistas ♥️