Almanaque Santista

Retrospectiva Meu Peixão 2021 #1- Do céu ao inferno, o primeiro trimestre de um ano atípico

Um ano adverso, em decorrência da pandemia de COVID-19, o mês de janeiro, em que habitualmente seriam as férias dos jogadores e início da preparação para a temporada que estava por vir, começou diferente, com a continuação dos campeonatos que tiveram de ser interrompidos em 2020.

Logo de cara, o Peixe enfrentaria um grande rival sul-americano, o Boca Juniors (ARG), em que vencendo, alcançaria a tão sonhada vaga na final da Copa CONMEBOL Libertadores. Em dois jogos emocionantes, sendo 0 a 0 na La Bombonera (estádio dos argentinos) e uma atuação de gala, sendo considerada por muitos a melhor vitória do ano de 2021, ganhando por 3 a 0, com gols de Diego Pituca, Soteldo e Lucas Braga, o Santos, enfim, havia encontrado o caminho para “A Glória Eterna”.

O mês de janeiro então, ficou marcado pela preparação para a grande final da Libertadores, que seria decidida no dia 30 daquele mês, no Maracanã, contra o grande rival Palmeiras, que também chegava embalado para a decisão, com um time repleto de grandes jogadores e após ter eliminado o, também time argentino, River Plate.

Focado na final, o técnico Cuca, optou por fazer rodízios nas partidas do Campeonato Brasileiro, alternando entre o time titular e o reserva, para que todos tivessem ritmo de jogo para a decisão, mas que também não ficassem desgastados em decorrência da grande sequência de jogos.

Chegada a grande final, Cuca surpreendeu a todos, com uma escalação com três volantes e três atacantes, com Sandry na vaga de Lucas Braga, o que seria incomum para aqueles que viram e acompanharam a trajetória do Alvinegro Praiano, sempre com dois meias e quatro atacantes. O jogo foi bastante equilibrado, sem grandes chances para as equipes e tudo se encaminhava para uma disputa de pênaltis, mas que após grande confusão e com a expulsão do técnico santista, uma bobeira da defesa mudou completamente o jogo. Rony cruzou na área e Breno Lopes apareceu para mandar para o fundo da rede e acabar com o sonho do tetracampeonato da Libertadores do Peixe.

Passada a final, e sem garantia de classificação para a próxima competição sul-americana, o Santos logo teve de “virar a chave” e voltar a focar no Brasileirão, em busca de se classificar para a próxima Libertadores. Com grandes perdas, como a venda do zagueiro Lucas Veríssimo para o Benfica (POR); e do meia Diego Pituca para o Kashima Antlers (JAP), o Peixe teria de se reinventar e procurar em seu plantel, jogadores que pudessem corresponder à altura.

Com boa atuação diante do Corinthians na vitória por 1 a 0, e buscando um empate no fim do jogo contra o Fluminense, o Santos conseguiu a sonhada classificação para a Pré-Libertadores, e para a última partida da temporada 2020 contra o Bahia, poupou os titulares e utilizou um time reserva, em que também estavam jogadores da base que acabariam sendo muito utilizados na temporada seguinte, como o atacante Ângelo e o meia Gabriel Pirani.

Terminado o Brasileirão, e com a saída do técnico Cuca, o Alvinegro Praiano novamente apostou em um técnico estrangeiro, e dessa vez, o escolhido foi o argentino Ariel Holán, que já estava no radar santista a alguns anos, mas nunca havia se concretizado sua vinda.

Focado na Pré-Libertadores, Holán utilizou o Paulistão como uma espécie de “laboratório”, em que utilizava as promessas da base santista e jogadores considerados reservas e que pouco atuavam. No início, tudo se encaminhava bem, com os meninos, apesar dos muitos empates, mostrando serviço, e atuando até mesmo no time titular, caso do zagueiro Kaiky, que atuou nas duas partidas contra o time venezuelano Deportivo Lara, pela Libertadores, e sendo um dos jogadores brasileiros mais jovens a marcar na competição, com apenas 17 anos.

JOGO DESTAQUE: Santos 3×0 Boca Juniors- 13/01/2021
PIOR JOGO: Palmeiras 1×0 Santos- 30/01/2021
JOGADORES QUE MAIS ATUARAM: Lucas Braga; Sandry, Jean Mota e Bruno Marques, com 16 jogos cada um
ARTILHEIROS NO TRIMESTRE: Soteldo, Lucas Braga e Marcos Leonardo, com 3 gols cada
MELHOR JOGADOR: Lucas Braga
DECEPÇÃO: Marinho

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