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20 anos contando a história: Saiba como o Memorial das Conquistas foi idealizado

Espaço onde a história de um dos maiores clubes do mundo ganha vida, o Memorial das Conquistas do Santos Futebol Clube é admirado por muitos, invejado por vários e motivo de orgulho para milhares. Hoje, dia 17 de setembro, completa 20 anos.

Inaugurado em 2003, o projeto foi idealizado pela diretoria presidida por Marcelo Teixeira. Mesmo com o passar dos anos, Humberto Challoub, diretor de comunicação da época, lembra com detalhes como foi ver o projeto do Memorial saindo do papel.

“A ideia surgiu como um dos objetivos do projeto de recuperação estrutural da Vila Belmiro colocado em prática durante o período da administração. O novo contrato de parceria com a Umbro previa a implementação da loja para venda de produtos e, por isso, também incluímos a parceria para a instalação de um espaço para visitação dos sócios e dos muitos turistas que vinham ao estádio mas não conseguiam acessar as áreas internas”, explica Challoub.

O processo, que contou com a participação do arquiteto Gino Caldato, da historiadora Marjorie Medeiros, coordenação de Denise Covas, responsável pelo acompanhamento dos trabalhos, e muitas outras pessoas e funcionários do clube, tinha o objetivo de reviver a história e emocionar os visitantes. Por isso, não demorou muito para que os participantes do projeto entendessem que uma sala de troféus não seria o suficiente.

“Com a evolução do processo e pesquisas realizadas, optamos pela adoção de um trabalho de museografia, visando resgatar os mais importantes capítulos da história do clube, daí o Memorial ‘das Conquistas'”, conta o ex-diretor.

A construção não foi do dia para a noite; levou tempo e deu muito trabalho. Os desafios tiveram que ser superados um por um, já que existia a necessidade de cuidar de tudo nos mínimos detalhes. Eram necessárias a identificação, catalogação e até mesmo a recuperação dos troféus que estavam espalhados pelo clube.

“Também tivemos que superar resistências quanto à forma de apresentação das peças. Membros do Conselho chegaram a questionar o uso da cor azul em uma das paredes sob o argumento de que seria uma referência a outro clube”, relembra Challoub.

Equipe enquanto ajeitava os troféus durante a madrugada na véspera da inaguração. Na foto: Denise Covas, Humberto Challoub, Gino Caldato e Marjorie Medeiros – Foto: Arquivo Pessoal. 

Entretanto, no dia 17, o protagonista da festa estava pronto, precisou dividir a atenção com grandes craques, como Pelé, que fez questão de estar presente em mais um capítulo da história do clube que o revelou para o mundo.

“Talvez tenha sido um dos momentos mais emocionantes da história do clube, com a numerosa presença de ex-jogadores. Ver a emoção de todos foi muito gratificante para todos da equipe que ajudaram no projeto”, analisa.

E o que mudou de lá para cá? É natural que, à medida que o tempo avança, haja a possibilidade de novas “conquistas”, que devem ser incluídas ao acervo, por isso a necessidade de modificações. Para Challoub, o que foi possível perceber ao longo dos anos foi o desprezar de algumas diretorias em relação aos critérios usados na criação do Memorial, o que desvirtuou em alguns casos da linguagem museográfica utilizada inicialmente.

Vinte anos depois, o objetivo segue sendo cumprido, mostrando a quem quiser ver a história que nunca será apagada do futebol brasileiro e mundial. Com mais taças do que antes, mais ídolos e sem deixar de emocionar, assim como sempre fez.

“Sinto muita alegria por saber que o Memorial tem cumprido seu objetivo, de resguardar e valorizar a história do Santos e, ao mesmo tempo, ter se transformado em um dos equipamentos turísticos mais visitados da cidade”, conclui o ex-diretor.

 

 

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