Na manhã desta quarta-feira (31), a 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Esportiva (STJD) deliberou sobre os lamentáveis incidentes ocorridos na partida entre Santos e Fortaleza, na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado. Os acontecimentos resultaram no rebaixamento do Santos à Série B, e a punição imposta ao Alvinegro da Vila foi de seis jogos de portões fechados e multa de R$100.000,00.
O clube foi denunciado no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que trata de “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir”e pretende recorrer da decisão ao pleno do STJD.
O julgamento:
O auditor Bruno de Barros dos Santos Tavares iniciou o julgamento lendo a denúncia contra o Santos. A procuradoria apresentou vídeos que documentaram invasão de campo e bombas atiradas no gramado. Em contrapartida, o Peixe apresentou um vídeo que mostrava a diretoria reunida com a Polícia Militar e líderes de Torcidas Organizadas, na tentativa de buscar uma resolução pacífica para os problemas ocorridos durante os jogos do clube.
As decisões dos auditores foram as seguintes:
- Dr. Bruno Tavares: Votou por 4 jogos de portões fechados, 2 jogos com perda de mando de campo e multa de R$100.000,00.
- Dr. Rafael Raposo: Optou por 6 jogos com perda de mando de campo e portões fechados, além da multa de R$100.000,00.
- Dr. Cláudio Diniz: Votou por 6 jogos na Vila Belmiro com portões fechados, acompanhados da multa de R$100.000,00.
- Dr. Alexandre Beck: Decidiu por 4 jogos de portões fechados, 2 jogos com perda de mando de campo e multa de R$100.000,00.
Dessa forma, o Dr. Luís Felipe Procópio, presidente da 3ª Comissão Disciplinar, anunciou a decisão final de punição, que consiste na perda de 6 mandos de campo com portões fechados na Série B do Campeonato Brasileiro e multa de R$100.000,00.
O término antecipado da partida antes do apito final foi destacado como um agravante significativo durante o julgamento. Além disso, foi mencionado que o Dr. Rafael Bozzano, relator do caso, sofreu ameaças, fato que ressalta a gravidade e a tensão envolvidas nos eventos que levaram à punição do Santos.
Reconhecimento facial na Vila Belmiro
Presente no julgamento de maneira virtual, o presidente Marcelo Teixeira disse que alguns torcedores foram identificados e tiveram os celulares apreendidos por conta dos incidentes. E além disso, contou que a partir de maio será implantado o sistema de reconhecimento facial na Vila Belmiro para reprimir atos de vandalismo e violência.