O Santos comunicou, na tarde desse domingo (5), o desligamento do técnico Fernando Diniz, como treinador do time, um dia após a derrota por 2 a 1 para o Cuiabá.
Diniz já vinha sofrendo pressão interna e da torcida, após sequência de resultados ruins, mas o executivo de futebol, André Mazzuco, e o presidente do clube, Andres Rueda, tentaram mantê-lo ao máximo, acreditando em uma melhora, o que não ocorreu.
Quando chegou ao Santos, Diniz, em sua primeira coletiva, disse ter aprendido com os erros que cometeu em seus últimos trabalhos, e que sua chegada ao novo clube seria uma retomada e acreditava no sucesso que poderia ter a frente do time.
Com um início promissor e uma vitória contra o Boca Juniors, logo em sua estreia, Fernando Diniz e Santos pareciam começar um casamento perfeito, de um treinador com estilo de priorizar a posse de bola para sempre criar chances de gols, e um clube que sempre teve o “DNA ofensivo” como sua grande característica.
Apesar de parecer que tudo caminharia bem, logo no início de seu trabalho algumas fraquezas já foram expostas, como a dificuldade em vencer adversários inferiores, como foi contra Juventude e Sport, em que o Peixe teve dificuldades em criar, usou e abusou dos cruzamentos e empatou por 0 a 0 em ambos os jogos.
Com isso, problemas e mais problemas vieram acompanhando o trabalho de Fernando Diniz, atuações ruins, perca de alguns jogadores negociados e também por desfalques, lesões ou suspensões e muita desconfiança por parte da torcida.
Uma das maiores cobranças da torcida sempre foi a teimosia de Diniz em manter jogadores que atuavam abaixo do esperado, como foram os casos dos laterais Felipe Jonatan e Pará, sendo o último, quem foi sacado do time após uma grande onda de protestos.
O pouco espaço para jovens promessas, como o caso do atacante Ângelo, e os meias Vinícius Zanocelo, Vinícius Balieiro irritavam grande parte da torcida.
Outra crítica que o treinador recebia era sobre as escalações e substituições dos jogos, muitas vezes fazendo improvisações de jogadores em posições que não eram as de origem, nem que fossem parecidas, como o caso do ponta-esquerda Marcos Guilherme, que já foi improvisado como centroavante, meia e até mesmo volante.
Com o time vindo em uma sequência de atuações ruins, sofrendo muitos gols e marcando poucos, ficou cada vez mais insustentável a permanência do treinador, que deixa o Santos perdendo mais partidas do que vencendo.
Diniz deixa o Peixe após 31 jogos, 11 vitórias, 8 empates, 12 derrotas, com um aproveitamento de 44%. Sob seu comando, a equipe marcou 34 gols e sofreu 36.
Agora, a diretoria santista, pela terceira vez na temporada, vai ao mercado em busca de mais um treinador que venha para endireitar o time na temporada, buscando uma classificação melhor no Campeonato Brasileiro, e reverter o placar da Copa do Brasil, em que o Santos foi derrotado no jogo de ida, pelo Athético Paranaense, por 2 a 1.