Em seu terceiro jogo no Santos, primeiro após ser efetivado, Marcelo Fernandes venceu todos os jogos e segue com 100% de aproveitamento. A arrancada nas últimas rodadas tirou o Santos do Z4, onde chegou estar em 18º lugar, e subiu para a 15ª colocação, com 30 pontos, 3 a mais que o primeiro time na zona do rebaixamento.
Após o apito final, o técnico Marcelo Fernandes falou da sua ligação com o Santos, durante a coletiva pós-jogo.“Sou criado, não comecei no Santos e na Portuguesa. Depois tive a felicidade de jogar no clube. Sou santista de nascimento e tenho raízes dentro do clube. Meu tio-avô foi treinador do Santos de Pelé. Sempre teve esse elo.”
Marcelo Fernandes falou sobre a responsabilidade de assumir o Santos no atual momento, sem medo do tamanho do desafio. “Quanto a responsabilidade, sou um cara que não gosto de fugir das responsabilidades. Se você ocupa um cargo como eu ocupei de auxiliar do clube, todas as vezes que eu fui requisitado sempre coloquei a cara e nunca tive medo. Não é qualquer um que assume a responsabilidade que estou assumindo. Não tenho medo porque sou um cara do bem e amigo de todos os que passaram.”
O técnico também destacou seu início de carreira, quando foi auxiliar de Muricy e falou sobre o ‘trabalho sujo’ que fazia, que era o papo direto com os jogadores, antes e depois das partidas. “Não só agora, mas em 2015 e antes quando comecei com o Muricy em 2011 sempre fui responsável pelo ‘trabalho sujo’. Time ganha uma partida, chego em um jogador e preciso falar onde ele foi mal, foi ruim isso ou está bom nisso. Sempre tive isso na minha profissão, auxiliar o treinador que ali estavam. De todos os jogadores que estão ai, sou o que mais pego no pé deles e o que tiver que falar eu falo.”
O técnico ainda destacou as cobranças ao volante Jean Lucas, corrigindo posicionamento, o que mostrou evolução do jogador rapidamente. “Com o Jean Lucas hoje peguei no pé deles um monte de vezes, da entrada de bola…eu cobro demais. Eles assimilam isso porque sabem que é de verdade e sabem que é para o bem, eles entendem isso e sabe que não tem vaidade. É pelo Santos, não é Marcelo ou jogador que vale.”
O técnico santista ainda desabafou sobre diversos comentários feitos, botando em dúvida sua ética e caráter. “Muita gente falou besteira ao meu respeito e podem perguntar para cada profissional como é minha ética e meu caráter. Isso fortalece nesses momentos, os jogadores sabem quem é de verdade e quem não é. Se eu não fosse de caráter, pode ter certeza que essas três vitórias não viriam.”