Todo torcedor guarda com carinho algum item do seu time. Para muitos santistas, reunir peças do time já virou mania. Seja camisa, bandeira ou ingresso, colecionar objetos é manter viva a memória de momentos importantes vividos com o Santos.
Pedro Pacheco ganhou de seu pai uma cadeira cativa na Vila Belmiro quando tinha um ano de idade. Hoje aos 23, ele guarda muitos ingressos do tempo em que a entrada ainda não era feita com carteirinha. São mais de 300 partidas em dezenas de estádios, além de muita história para contar.
“Difícil escolher os jogos mais marcantes, mas destacaria a final da Copa do Brasil em 2010, contra o Vitória, no Barradão. Foi o meu primeiro jogo fora do estado. Na chegada ao estádio, o ônibus não subia em uma ladeira estreita, tivemos que passar a pé pela torcida deles com a camisa do Santos”, conta o torcedor, ao recordar do gol do título de Edu Dracena que aconteceu bem na sua frente.
Pedro guarda também as entradas dos dois jogos da final da Libertadores de 2011, e recorda do sufoco que passou para chegar ao Estádio Centenário.
“As cinzas do vulcão Puyehue estavam prejudicando os voos que seguiam para o Uruguai. Fizemos escala em Curitiba e nosso voo foi cancelado, dormimos na cidade e só embarcamos no dia do jogo. Já no estádio, a torcida deles começou a arremessar isqueiros, sinalizadores, bombas e pedras. Na volta fomos ao Pacaembu, e todos já conhecem a história do Tri da América”, lembra o assistente jurídico.
Aos 33 anos, o personal trainer William Caruso recorda que não gostava de futebol na infância. Fã de Airton Senna, era a Fórmula 1 que alegrava as suas manhãs de domingo. Após a morte do ídolo, William começou a acompanhar futebol, e foi na sua primeira vez em um estádio, que o Santos entrou de vez para a sua vida. Foi no jogo contra o Vitória no Parque Antártica em 1993, válido pelas quartas de final do Brasileirão.
“Comecei a colecionar camisas nessa época. Tudo para mim tem muito valor, mas há camisas que curiosamente não uso em dias de jogos, pois acho que dão azar! Sou apaixonado pelo Santos e sempre compro cartão, caneca, caneta ou qualquer coisa relacionada ao alvinegro. Não passo vontade, pois acho que isso me aproxima muito do clube”, conta o torcedor que possui um canal no Youtube chamado Santos, Futebol e Resenha.
Foi por influência paterna que Gustavo Dias escolheu o alvinegro praiano como time do coração. Morador de Mauá, o metalúrgico de 33 anos acompanha de perto a força que o Santos tem no ABC Paulista. Começou sua coleção de camisas ainda criança, quando ganhava os mantos de presente. Alguns itens ele guarda com grande valor sentimental.
“Ganhei uma camisa de jogo do lateral direito Anderson Lima, que jogou no Santos em 1998. Tenho ela até hoje. A coleção cresce naturalmente e demonstra o amor e carinho que tenho pelo time desde de menino. Comprar os produtos ajuda muito o clube”, explica.
Vilma Matos é uma grande conhecida da nação santista. Famosa pela sua devoção ao Peixe, Vilminha atualmente faz parte do Conselho Deliberativo do Santos.
Sua relação com o clube começou quando ela tinha 10 anos, na sua primeira visita à Vila Belmiro. Hoje aos 68, Vilminha tem muita história e centena de produtos com o clube.
Sua casa é toda decorada por peças personalizadas, e mesmo sem se considerar colecionadora, sempre é lembrada quando o assunto é coleção de torcedor. Ela conta que seu primeiro item adquirido foi em 1990, uma cartela de adesivos que ela colou por toda a casa.
“Tinha um cartão de crédito só para consumir na “Santos Mania”. Comprava xícaras, copos, camisas, lingeries, toalhas de camas, cerveja, etc. Costumo dizer que meu pequeno recanto é uma extensão da loja do Santos, pois para todos os lados vejo algo do alvinegro praiano”, brinca.
Com uma vida toda dedicada ao clube, a conselheira não abre mão de nenhum item de sua coleção.
“Ter estes produtos na minha casa me faz sentir muito mais feliz, mais perto do meu time do coração. Ter a certeza de que minha opção feita quando eu era pequena, foi muito especial, haja vista, abrir mão de casar e ter filhos para poder acompanhar o Santos onde e como ele estiver”, declara Vilminha.