Ser mulher e gostar de futebol sempre foi um grande tabu e enfrentamos situações desconfortáveis por esse motivo. Mas apesar do machismo e resistimos, seguimos apoiando nosso time “onde e como ele estiver”, dentro e fora do alçapão. Uma dessas mulheres e torcedora assídua é Thayná Nicole. Thayná tem 23 anos, é estudante de engenharia, torcedora do Peixe e frequenta o estádio desde a infância.
“Toda minha família é santista e em 2002 (quando tinha 6 anos) foi a primeira vez que fui ao estádio, no Jayme Cintra (Jundiaí), na partida entre Guarani x Santos. O Santos ganhou de 2 a 1. Já na Vila Belmiro, foi em 2002 também, na partida entre Santos x Botafogo”, contou. Ao todo a torcedora chegou a conhecer seis estados por acompanhar o Santos e coleciona histórias e perrengues das viagens. O primeiro dos perrengues foi em 2019 após a partida entre Cruzeiro e Santos, em Belo Horizonte – o Alvinegro perdeu por 2 a 0.
“A partida estava marcada para às 11h, então peguei o voo às 7h, ia fazer só uma bate volta, veria o jogo, almoçaria e voltaria pra São Paulo. Mas chegando em BH descobri que o horário tinha sido alterado para às 16h e terminaria por volta das 18h. No começo da partida o Gustavo Henrique foi expulso, estávamos perdendo então nem esperei o jogo terminar e fui embora, busquei minha mala que tinha guardado, corri para chegar ao aeroporto e quando cheguei o voo já tinha saído. Então tive que comprar uma passagem para o outro dia, que me custou R$700 fora a diária em um hotel”, disse a torcedora.
De todas as viagens, o jogo que mais ficou marcada para Thayná, foi recentemente, a partida entre Santos e Palmeiras, na final da Libertadores da América. O Santos tinha sorteado sócios para comparecer ao Maracanã, no entanto, apesar de fazer parte dos requisitos, Thayná não foi escolhida, mas não desistiu de tentar ver a partida.
“Já tinha comprado as passagens e o hotel logo após a partida contra o Boca, fiz o exame PCR na data exigida pela Conmebol e pensei ‘se eu estiver lá e aparecer a oportunidade talvez eu consiga entrar’, tentei a sorte. Então, no dia do jogo, por volta da 13h da tarde, consegui a credencial para ver o Santos rumo à gloria eterna e realizei um sonho apesar do resultado”, disse Thayná.
Como toda mulher, Thayná já foi alvo do machismo por frequentar o estádio e, em uma ocasião, compartilharam uma foto sua nas redes sociais, sem autorização. “Em um clássico entre Santos e São Paulo eu estava na cadeira lateral e tiraram uma foto minha que circulou nos grupos de santistas onde falavam ‘nossa quem é essa gostosa’, termos desse nível pra baixo”.
Nesse dia internacional das mulheres pedimos respeito, para torcer, cantar, pular e termos liberdade de ser o que quisermos, porquê apesar de ser clichê é sempre bom ressaltar que lugar de mulher é onde ela quiser e estaremos lá!
Néia
9 de março de 2021 at 13:30
Muito bem Tainá admiro seu força, bjss
Guilherme Mariano
9 de março de 2021 at 09:18
Parabéns pela matéria Lívia, a Thayná é realmente maravilhosa!
Júlia
8 de março de 2021 at 23:50
um Ícone para todas as mulheres que amam o futebol e qualquer outro tipo de esporte❤
Kaleb
8 de março de 2021 at 15:47
Top!! Thayná é um exemplo!! Mulherão! ❤️
Bruna
8 de março de 2021 at 15:00
Linda, loira e santista! ❤️
Thayná
8 de março de 2021 at 14:55
Obrigada pelo carinho, e por eu poder representar parcela das mulheres que acompanham o Santos onde & como ele estiver!