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“Nossa prioridade é a vida das atletas”, diz técnica das Sereias sobre paralisação dos treinamentos

Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Anunciada no fim de janeiro para substituir o técnico Guilherme Giudice no time principal das Sereias da Vila, Chris Lessa dribla os desafios da pandemia em busca de um time ideal para a temporada.

Além de vencer a covid-19 em fevereiro, a treinadora precisa encontrar alternativas de treinos online, já que a cidade de Santos está em lockdown desde 23 de março.

Coach Lessa, como gosta de ser chamada, falou ao Portal Meu Peixão sobre a paralisação do trabalho, que tem como foco a preparação para o Brasileirão A1. O campeonato tinha início previsto para o próximo dia 28, mas foi adiado para 17 de abril, devido ao aumento nos casos de infectados pelo novo coronavírus.

Sem poder treinar no CT Rei Pelé, Chris acredita que o cenário ideal seria uma bolha como a que foi planejada para o elenco masculino em Atibaia, mas ressalta que a diretoria tem tomado as medidas necessárias para preservar as atletas até a estreia contra o Internacional, no Rio Grande do Sul.

“Cada clube tem um orçamento e suas prioridades. O masculino está disputando a Libertadores. Se estivéssemos em uma competição ativa, também iríamos treinar em algum local seguro. Nossa prioridade é a vida das atletas”, avalia a treinadora ao destacar o comprometimento e união seu elenco.

Chris observa o lado psicológico como fundamental durante o período de pandemia. Mesmo com pouco tempo presencial com as atletas, ela conta que foi possível trabalhar o equilíbrio mental, fator que enxerga como preponderante para vencer situações adversas.

“Como cidadã eu compartilho de compaixão e oração pelas pessoas que estão sendo afetadas pela pandemia. Eu tive covid-19 quando cheguei ao Brasil. Tivemos outros casos na comissão técnica. Faremos a nossa parte com treinamentos à distância duas vezes ao dia e suporte psicológico”, completa.

 

Evolução do futebol feminino no Brasil

 

Coach Lessa coleciona passagens por China, Noruega e EUA, onde se tornou a primeira mulher auxiliar técnica de um time masculino, o Atlanta Soccer Club da liga americana profissional. Ela avalia como promissor amadurecimento do esporte de mulheres no Brasil.

“Não tem como segurar o desenvolvimento do futebol feminino aqui, o esporte está no caminho certo graças à mídia, CBF, FIFA, clubes e atletas. Mesmo com todas as dificuldades, a modalidade é bem vista no exterior. Todos os treinadores e clubes querem jogadoras brasileiras nos seus times”, finaliza.

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