Desde 1932, todo o segundo domingo de maio é considerado como ‘dia das mães’ em todo o Brasil. Este ano a celebração será no dia 9, mas o Meu Peixão homenageará por todo o mês as mulheres que sabem a sensação do mais puro amor.
“Na minha opinião, a minha mãe é mais brava! Mas é só para fazer lição ou se eu demoro para fazer as coisas” afirma Daniel de 7 anos, ao mesmo tempo Daniela Lima gargalha e afirma que mãe é assim mesmo, precisa manter a organização.
É com bom humor, paciência, dedicação e muito amor que a organização acontece no lar de Daniela. Mãe do Davi de 15 anos e do pequeno Daniel, ela conta que ser mãe é um presente de Deus.
“É muito clichê a gente falar que é um amor que não se explica, mas que mãe não daria a vida pelos filhos? Eu não me vejo não sendo mãe”, diz a ex-supervisora das Sereias da Vila.
Atuante no futebol feminino do clube, Dani aprendeu as primeiras lições da maternidade antes do primeiro filho. A função que exercia no Santos incluía uma responsabilidade de cuidar, precisava se atentar aos horários, acompanhar em consultas e zela pela segurança das meninas.
Nessa época, havia uma casa das atletas, onde a maioria morava. Uma ou outra se hospedava em outro local, por cerca de 10 anos, o lar da Dani e de seu marido, Kleiton Lima, ex-técnico da equipe, serviu de morada para algumas jogadoras.
“As que moraram comigo a responsabilidade era maior, eu estava sempre de olho. Mesmo elas já sendo crescidas, sabendo de suas responsabilidades, eu precisava auxiliar de alguma forma”, explica Dani.
Foram mais de 10 meninas que passaram pelo lar da família Lima, a última chegou em 2006. Ketlen tinha apenas 14 anos, e ficou sob os cuidados do casal a pedido da mãe que se preocupava com a adolescente em uma cidade maior do que estava acostumada.
“É até difícil falar da Dani na verdade, ela foi e é uma pessoa muito importante na minha vida. Ela me acolheu na casa dela como filha, quando era para puxar minha orelha ela puxava. Como eu não tive minha mãe por perto, ela foi minha mãe e me ensinou tudo que uma menina daquela idade precisava aprender. Sou muito grata pelo amor que ela me deu e me dá até hoje, é minha segunda mãe”, conta Ketlen.
Para Dani a vivencia com as jogadoras dentro de casa foi um treinamento para ser mãe do Davi e Daniel. Ela revela que com o segundo filho tem mais paciência e não é tão rígida como foi com o primeiro, mas ainda assim sente medo de cometer erros, como toda mãe.
Ambos chegaram no momento planejado, a mãe relata que a primeira gravidez foi após 6 anos de casado, uma gestação tranquila e sem nenhum desejo estranho para contar história.
“Quando o Kleiton começou a trabalhar com futebol masculino seguramos para tentar o segundo. Era inviável viajar com dois filhos pelo Brasil, mas com a idade pesando eu optei por tentar mais uma vez”, conclui.
Atualmente com 46 anos, Dani continua seguindo o que ela acredita ser uma dádiva divina, ser mãe. Do Davi e do Daniel, da Ketlen por partes e quem sabe quantos mais virão? Aliás, coração de mãe sempre cabe mais um!
Jorgeane Soares de Moura Silva
17 de maio de 2021 at 08:30
Ótimo matéria