O empate em 2 a 2 entre Santos e Grêmio na quinta-feira, em Porto Alegre foi especial para Carlos Sánchez.
O meio-campo voltou a vestir a camisa do Santos após quase nove meses, depois de ter rompido o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo na partida contra o Olimpia, do Paraguai, em 1 de outubro de 2020, pela Libertadores.
O camisa 7 foi chamado pelo técnico Fernando Diniz aos 14 minutos do segundo tempo e teve boa atuação. O meio-campo passou a funcionar com ainda mais naturalidade com a entrada do uruguaio, que foi também o dono da bola parada. Após o jogo, Sánchez celebrou o retorno nas redes sociais.
Após a partida, em entrevista coletiva, Diniz exaltou o retorno do meia e a qualidade de seu futebol.
“É um privilégio trabalhar com ele. Sánchez é dos que eu mais admirava no Brasil. Voltou hoje depois de quase um ano e nos ajudou com sua imensa categoria e presença em campo. Bom para o Santos e para o futebol brasileiro.“, disse.
Aos 36 anos e de contrato renovado até o final de julho de 2023, Sánchez revelou surpresa por atuar tanto tempo no jogo que marcou seu retorno e a emoção por voltar a estar em campo.
“Uma felicidade muito grande voltar, por todo o esforço que fizemos. Só tenho a agradecer todo o departamento médico do clube, minha família, amigos e torcida por tudo que fizeram por mim. Não achei que iria jogar muito tempo ontem. Conversando com o Diniz nas últimas semanas, achei que iria atuar por 5 ou 10 minutos. Me surpreendeu quando ele me chamou, pois ainda era 14 minutos, mas ele me passou muita confiança e me deu segurança antes de entrar em campo. E claro que eu só queria jogar, podia ser em qualquer momento. Quando ele me chamou senti uma emoção e felicidade muito grandes, e também foi importante pois ainda consegui ajudar o time.“, exaltou.
Após ser alvo de críticas pela pouca criação e por não proteger a defesa da melhor forma, o setor de meio de campo do Santos vem evoluindo. Desde que chegou, o técnico Fernando Diniz vem usando Alison, Jean Mota e Gabriel Pirani no setor, mas já ganhou três novas caras para o setor. Os reforços Camacho e Vinicius Zanocelo e o retorno de Carlos Sánchez aumentam a disputa por vaga no meio e encorpam e qualificam o elenco. O jovem Vinicius Balieiro também teve bastante espaço até aqui e pode ser mais um bom nome para o setor, fazendo uma função mais defensiva.
Caso a boa atuação na etapa final diante do Grêmio continue a se repetir, o retorno de Carlos Sánchez ao time titular de Fernando Diniz é apenas questão de tempo. Antes de sua lesão, o uruguaio era o capitão da equipe e sua presença nos bastidores do Santos é de um líder extremamente respeitado por todos.
Desde que chegou ao Santos, em 2018, Carlos Sánchez já disputou 105 jogos e marcou 25 gols, que o credenciam ao posto de segundo maior artilheiro estrangeiro da história do clube. O primeiro é o atacante colombiano Jonathan Copete, que acaba de deixar o Peixe, com 26 gols.