Quinta-feira, dia 03 de junho e após uma partida Cristiane Rozeira foi as redes sociais para expor uma mensagem com cunho racista.
E mais uma vez eu não me surpreendi com um ato de racismo contra um atleta do Santos. Dessa vez a vítima é mulher e sabe bem o que é passar por preconceito, mas isso não a faz imune.
Cris Rozeira publicou o que muitas já deixaram passar batido. E porque digo isso? Por que sei que deixaram.
Não foi a primeira vez, não foi a última. Não foi só pelo instagram e nem só acontece pelas redes sociais. Os crimes cometidos contra a população negra são recorrentes no Brasil e sabe o que também se tornou comum?
Chamar de mimimi.
Aliás, o moço branco do bairro rico foi chamado de branquelo na escola e pasmem: isso não o afetou.
“Ah! mas que hipocrisia, você cresceu sem passar necessidades”, muitos vão me lembrar e é verdade. Preciso levantar as mãos aos céus e agradecer: não fui morta pela polícia enquanto andava na rua e também nunca deixei de voltar para casa quando um segurança de mercado ‘quis se defender’.
Eu só precisei escutar os outros me calarem, e aprender ter noção do meu lugar. Aprendi antes mesmo da raiz quadrada o que significava ter o pé na senzala. Tive que esticar fios de cabelo, tentar afinar o nariz e não usar shorts porque a verdade era uma só: ‘mulher preta é fogosa’.
Mas ainda assim tenho que agradecer porque não morri! Já que morte morrida virou final feliz, e pra muita gente a saída é única: a morte matada que ainda mente.
Relembrem a minissérie ‘Time de Branco e Preto’ da Santos TV