Bastidores

OPINIÃO – Sem dinheiro, o Santos precisa apostar em jovens atletas com potencial no mercado da bola

No futebol moderno, mais do que nunca, é necessário que se tenha investimento e, principalmente, planejamento. Os exemplos de Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG deixam evidente que sem investimento e projeto esportivo não há retorno dentro das quatro linhas. Diferentemente de tais equipes, o Santos recentemente tem tido dificuldades de se estabelecer financeiramente e montar times que possam brigar por títulos. Dessa forma, é necessário que o torcedor entenda que o Santos ultimamente não é tido como um protagonista no mercado da bola, pórem, pode ser um coadjuvante que se aproveita de oportunidades e possa fazer uma equipe competitiva.

Na última terça-feira (14) o presidente Andres Rueda apresentou, em reunião do Conselho Deliberativo, a situação financeira do clube, envolvendo as dívidas e faturamento total do ano de 2021. Conforme o mandatário, o clube pagou R$ 120 milhões em dívidas, restando ainda certa de R$ 447 milhões. O valor pago em dívidas foi superior que o valor gasto com o futebol do clube, envolvendo 110 milhões.

Com tal quadro financeiro nada positivo, o clube precisa se organizar e ir ao mercado da bola para fazer contratações pontuais. O perfis ideais para contratações para o ano de 2022 não foge daquilo que o clube fez nos últimos anos: jovens atletas com potencial de crescimento.

Longe de fazer loucuras e buscar jogadores caros e idade já superior aos 30 anos, o Peixe precisa olhar o mercado da bola com cautela, observando as oportunidades. Na temporada de 2020, chegando até a final da Libertadores, o Peixe mesclou jogadores da base com contratações dadas como “apostas”. A equipe da final, contra o Palmeiras, tinham atletas que foram contratados justamente com esse perfil: jovens atletas dadas como “apostas”.

Luan Peres, com 25 anos, chegou no Peixe ainda sem ter demonstrado toda sua qualidade que mostrou ao longo da temporada no alvinegro. Felipe Jonatan, com 21 anos, vinha de temporada regular no Ceará e se mostrou um bom lateral esquerdo em 2020. Soteldo chegou no Santos aos 22 anos, também dado como uma grande promessa do futebol sulamericano. O mais rodado era Marinho, contratado aos 28 anos, em troca pelo David Braz com o Grêmio. Todos esses jogadores com um único perfil: jovens atletas com potencial de crescimento. Juntamente com atletas da base santista ou que jogaram na base antes de subir ao profissional, envolvendo John Victor, Lucas Veríssimo, Pituca, Alison, Sandry e Kaio Jorge, tal equipe ficou a uma vitória de conquistar a América.

Tal exemplo de 2020 evidencia que o clube precisa se portar de forma a apostar em jovens promessas do futebol brasileiro e sulamericano. Já contando com jovens promessas, como por exemplo, Kaiky, Sandry, Pirani e Marcos Leonardo, a gestão santista precisa contratar jogadores que tenham potencial de crescimento e auxiliam os mais jovens. No futebol, não há ciência exata, mas tal fórmula já fez sucesso no time do litoral paulista.

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