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Análise Tática: A Católica rezou, mas esqueceu que enfrentava o Santos

Na quinta-feira (5), o Santos enfrentou a Universidad Católica, em Quito, pela 4ª rodada da Copa Sulamericana. A vitória foi importantíssima para o Santos se manter vivo, e ir em busca da classificação.

Essa análise é feita pelos nossos amigos do Tática Didática, confiram:

 

O Santos entrou com um time reserva, procurando dar rodagem ao elenco, e poupar aqueles jogadores considerados titulares.

Apesar de um time mexido, estruturalmente e táticamente o Santos mudou pouquíssimo. O sistema 4-4-2 em todas as fases do jogo, foi mantido, apesar de nomes diferentes em cada posição. A equipe entrou com: John; Auro, Velazquez, Bauermann e Felipe Jonathan; Sandry, Camacho, Willian Maranhão e Pirani; Bryan Ângulo e Lucas Barbosa.

Apesar da dupla de ataque ser Bryan Ângulo e Lucas Barbosa, na fase defensiva quem ficava mais a frente junto de Ângulo, era Gabriel Pirani. Ambos tinham a função de orientar a saída de bola da Católica, e fazer com que o Santos tivesse superioridade no setor da bola, e passa-se a pressionar a partir do seu próprio meio campo. Lucas Barbosa no primeiro tempo, apesar de que com bola fosse um jogador que não fazia um bom jogo, táticamente se comprometeu bastante, e foi um jogador essencial no lado direito para conter pressionar o lateral da Católica, forçando erros de passe da equipe, e também pressionando as origens de contra ataques da equipe equatoriana.

O Santos fez uma partida defensiva muito boa. O Santos fazia uma marcação por encaixes no setor, no entrelinhas foi uma equipe que teve muita proteção, Willian Maranhão pelo lado esquerdo do meio campo, perseguia bem Cristian Martinez até a área, Bauermann fez uma grande partida protegendo as próprias costas e também fazendo coberturas para Felipe Jonathan. A Católica fez uma partida que não foi boa, não criava por dentro, por fora, os pontas que não eram bons no 1vs1, perderam quase todos os duelos contra Auro e Felipe Jonathan.

Auro principalmente, fez uma partida segura, e ganhou diversos duelos 1vs1 contra Ismael Diaz. Como não conseguia criar por dentro, a Católica começou a jogar por fora e cruzar, e o Santos com boas proteções pelo alto, ganhava duelos e levou pouco perigo.

Com bola, o Santos atacava em um 4-3-3, e demonstrou muitos problemas com erros de passes e tomadas de decisão, mas tinha ideias bem claras. Iniciava com uma saída a 3, com Camacho vindo entre os zagueiros, e os laterais bem baixos para poderem iniciar construção, mas em muitos momentos, fazia tiros de meta longos, com Jonh procurando principalmente Ângulo, para fazer a casquinha, para um dos pontas ganhar as segundas bolas. O problema aí, era que a Católica era quem ganhava as segundas bolas a maioria das vezes.

Entretanto, em muitos momentos o Santos conseguia construir, e buscava um jogo mais Associativo, com jogadores muitas vezes formando um triângulo móvel no setor da bola, para formar dinâmicas de terceiro homem. Acabava que o Santos errava muitos passes, e essas dinâmicas de terceiro homem acabava dando em nada e o Santos tendo que voltar a se defender.

A equipe não busca ter a bola a todo momento, o Santos tem como intuito com bola, buscar um jogo mais direto, seja em contra ataques, seja em ataques rápidos. Essas dinâmicas de terceiro homem, também eram claras, já que quando recuperava a bola, já buscava atacar com Pirani, Ângulo e Lucas Barbosa para viajarem juntos. Assim que recuperava a bola, Pirani era a porta de saída e a referência para conduzir a equipe na transição ofensiva, essas dinâmicas tinha como intuito novamente ter a última bola nos pés de Bryan Ângulo. Ângulo, é um jogador que fisicamente tem que melhorar, fora erros de passes e tomadas de decisão nesses contra ataques, Pirani esperava Ângulo subir muitas vezes, e acabava que tinha que temporizar, com isso, a Católica conseguia recompor sua primeira linha na transição defensiva, e o Santos era forçado a dar passes de retorno, ou acabava perdendo duelos por estar em inferioridade numérica no último terço.

O Gol sai nos acréscimos. John faz uma saída longa batendo o tiro de meta e buscando Rwan, pra fazer a casquinha pra Marcos Leonardo e acaba perdendo a segunda bola, Sandry tem uma ótima leitura de espaço, recupera a bola, e domina, enganando a intenção e levando a defesa da Católica pro lado direito, mas faz o giro e joga pro lado esquerdo (lado vazio) onde toca pra Zanocelo, que lança pra Rwan em amplitude, e se associa com Lucas Pires trocando de posição e fazendo um golaço.

Destaque da partida vai para Sandry, ótima partida, pressionando na transição defensiva, recuperando bolas no meio campo, pressionando bem dentro de seu setor e sabendo o momento certo para trocar de marcação, além de ser muito inteligente com bola, lance do gol exemplifica bem.

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