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Análise Tática: A Segunda Feira triste do Santos diante do São Paulo

Ontem (03), o Santos foi até o Morumbi enfrentar o rival São Paulo, em jogo válido pela quarta rodada do Brasileirão 2022. Esse jogo marcou a primeira derrota do Santos no campeonato brasileiro desse ano, e selou o fim da liderança da equipe praiana nesse atual momento do campeonato.

Essa análise é feita por nossos parceiros, o Tática Didática. Corre lá para conferir a análise do jogo em vídeo:

O Santos entrou ontem em um 4-4-2, porém em uma estrutura diferente dos outros jogos, dessa vez se utilizando de um 4-4-2 diamante, com: João Paulo no gol, Madson, Velazquez, Maicon e Lucas Pires; Zanocelo, Fernandez e Felipe Jonathan; Jhojan Júlio; Léo Baptistão e Marcos Leonardo.

Santos teve muitos problemas, principalmente em início de construção. Por mais que estruturalmente fosse uma equipe muito boa, ainda sim tinha dificuldades no início de construção. Lucas Pires era o lateral que ficava baixo e mais próximo da saída a 3, que tinha Maicon, Velazquez e entre os dois zagueiros, o Volante Rodrigo Fernandez. Aparece então a primeira grande dificuldade do Santos, sem Bauermann ou Kaiky na zaga, a equipe não tinha nenhum Zagueiro que saiba construir, e assim acabou tendo indefinições na saída de bola, rodando muito ela em “U”. A ideia inicialmente, era construir mais pelas laterais, mas fazendo a saída pelos lados e o São Paulo pressionando muito por esses lados, acabou que o Santos forçava muitos passes de retorno e jogo apoiado, não conseguindo progredir.

Entretanto, a ideia do Santos não era mesmo ter muito a bola, e sim, ser uma equipe que conseguisse sair em transições ofensivas. Sem Angelo, a principal arma e referência nos contra ataques, o Santos buscou os contra ataques pelo meio, iniciados por Felipe Jonathan, buscando Jhojan Júlio ou Leo Baptistão pelo lado. Marcos Leonardo e Leo Baptistão vem fazendo uma boa dupla, com Leo sendo mais um segundo atacante e descendo entrelinhas pra jogar, e Marcos Leonardo fazendo desmarques de ruptura, sendo o jogador que dá profundidade pro Santos, além de atacar espaços e afundando a defesa adversária. E o Santos até conseguiu boas chances de fazer gols dessa maneira. Já que o São Paulo tinha problemas na transição defensiva, quando fazia sua marcação em bloco alto.

O Gol do Santos (de empate) sai de uma forma que vinha tendo dificuldade. O Santos faz a saída a 3 buscando Lucas Pires, com a pressão tricolor ele volta a bola e o Santos busca o lado direito com Madson aberto na amplitude, que atraí a pressão e aciona Leo Baptistão que ganha de Wellington no duelo físico e da o tapa para Marcos Leonardo que vinha atacando o espaço no contrabalanço da defesa do SP (defesa do SP indo pro lado direito, ML atacando o lado esquerdo), uma bola que passa por Jandrei e Arboleda, um passe que causa indefinição entre goleiro e Zagueiro, pra Marcos Leonardo entrar com bola e tudo.

O Santos sem bola marcava no mesmo 4-3-1-2 em tiros de meta do SP. No antigo sistema, Marcos Leonardo pressionava o volante adversário, enquanto Léo Baptistão pressionava os zagueiros e o goleiro adversário, já ontem, o Santos um pouco diferente. Jhojan Júlio era quem marcava o volante do São Paulo (Andrés Colorado), enquanto Baptistão e Marcos Leonardo marcavam os zagueiros.

O São Paulo se via forçado fazer as saídas de bola pelos lados, e o Santos buscava pressionar no setor da bola, o que foi um problema, o SP conseguia rodar a bola rapidamente e mudar de corredor, o que fazia com que o Santos não conseguisse mudar a marcação de lado muitas vezes e permitia muitos cruzamentos do São Paulo, principalmente pelo lado direito. Com Madson perdendo muitos lances fisicamente e não conseguindo subir pressão no tempo certo, o São Paulo cruzou muito pelo lado direito e marcou o primeiro gol assim, com Madson pressionando de longe, deixando Patrick cruzar e achar Calleri, que não perde, pra fazer e abrir o placar no Morumbi.

No segundo tempo, Bustos colocou Zanocelo para o lado direito, encaixar em Alisson e evitar os cruzamentos do São Paulo, o que deu certo, Zanocelo muito próximo fazia Alisson não conseguir cruzar, e até mesmo dando tempo para Maicon e Velazquez cobrir suas costas e pressionar no entrelinhas, quando Alisson vinha de fora pra dentro, mas acabou que Alisson mudou de lado.

Bustos colocou no segundo tempo Willian Maranhão e Lucas Braga, pois viu que as jogadas de transição ofensiva vinha dando resultados e o time precisava de mais proteção no meio, fazendo com Maranhão pressionasse pelo meio e Buscasse a bola longa de dentro pra fora, com Lucas Braga ultrapassando pelos lados e desse velocidade em campo aberto. Acabou que não deu muito certo, o SP conseguiu orientar a pressão em bloco alto.

Charles Hembert (técnico auxiliar do São Paulo), foi criticado por alguns comentaristas por deixar a bola muito com o Santos no primeiro tempo, porém, sabia que a equipe do Santos teria problemas para progredir se tivesse a bola em seu domínio, e que a proposta fosse um jogo mais direto.

Mesmo com polêmicas de arbitragem, o Sansão dessa segunda foi equilibrado, um empate era Justo pelo grande jogo que foi. Infelizmente, Leandro Vuaden quis tomar o protagonismo da partida para si.

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