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Mães Santistas: O mês das mães se vai, mas elas cotinuam sendo as protagonistas

mãe

Logo no início do mês de maio, comemoramos o Dia das mães. Entretanto, é de conhecimento público que o amor inexplicável, o cuidado com os menores dos problemas e o colo único de mãe, não deveria ser comemorado só em um dia.

Pensando dessa forma, o Portal Meu Peixão deixa aqui, no último dia de maio, uma singela homenagem para quem sente essa emoção na própria pele.

Não existe um dado oficial que aponte quantas mães existem no Brasil, sendo assim, seria impossível contabilizar também, quantas delas possuem um outro amor na vida, o Santos Futebol Clube.

Algumas são torcedoras, outras possuem um amor porque criaram uma história dentro do clube, mas todas tem em comum alguma história inesquecível com o Peixão.

Débora Vaz

Foto: Arquivo pessoal

Dizem que o amor cruza fronteiras, mas não foi necessário ir muito longe para a Débora Vaz, de 51 anos, juntar dois amores em um dia único e mais do que especial.

A noite do dia 22 de junho de 2011 marcou a história de todos os santistas, inclusive, do Guilherme, filho único da Débora, que carrega essa lembrança graças a mãe.

“A maioria da minha família e dos meus amigos estavam me chamando de louca por ir sozinha com ele”, explica Débora.

Naquela época, Guilherme tinha apenas 9 anos e assistiu a partida inteira do famoso tobogã. “A primeira coisa que falei quando o juiz apitou o início do jogo, foi para ele guardar a cena, pois ele levaria para a vida toda”, relembra a mãe.

O título da Copa Libertadores é de longe a lembrança mais especial da dupla quando o assunto é o Santos. Até porque, Débora não economiza na dedicação para acompanhar o Peixe, já terminou relacionamentos, cruzou o país e chegou até a ser conselheira.

Entretanto, ser mãe do Guilherme sempre vem em primeiro lugar, aliás, sempre foi um sonho para Débora. As memórias com o filho em estádios são boas, mas não se comparam com a primeira vez que o teve em seus braços.

“Tem muitas lembranças, mas a mais marcante é ele andando pela primeira vez, quando veio na minha direção e me chamando de mamãe com os abraços abertos”, confessa Débora.

Para a mãe de Guilherme, o sentimento materno é um mix de emoções e transcende todos os outros. É mágico, único e é eterno, sem muitas explicações, até porque não é necessário entender, apenas sentir.

Joice Luz

Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo

Enquanto Débora viu as histórias sendo escritas pelos jogadores, Joice fazia a história acontecer dentro de campo com as Sereias da Vila.

Mãe do João Pedro de 13 anos, Joicinha como é conhecida, descobriu que seria mãe enquanto fazia parte do elenco feminino do Santos FC.

Por um certo tempo, apenas sentiu dores no joelho e nas costas e a ida para a fisioterapia era constante, até que percebeu algumas alterações no corpo.

“Uma colega de equipe até comentou que eu não estava fazendo abdominal direito, nós dávamos risada. Até que decidi compra o teste e ele deu negativo, mas eu sentia que tinha algo de diferente”, conta a ex-jogadora

A descoberta veio quando foi a consulta com uma ginecologista, a profissional teve certeza que era gravidez e o teste estava errado. Já faziam 6 meses da gestação e logo na primeira consulta, Joicinha conseguiu escutar os batimentos cardíacos do filho.

“Na hora eu fiquei assustada, mas foi só naquele momento, quando sai de lá eu já tinha em mente que ia ser mãe”, explica.

João Pedro nasceu em Curitiba, para ter a família por perto já que Joicinha era mãe de primeira viagem.

A licença maternidade não durou muito, quando o filho tinha 2 meses, voltou para a academia e quando ele completou 5, não demorou para ser a companhia durante os treinos das Sereias da Vila.

Joicinha sempre contou com uma rede de apoio, sendo mães de outras jogadoras durante os treinos ou a família do pai do João Pedro quando era necessário que ela viajasse. E nesses momentos, onde precisava estar longe do filho, ela considera a maior dificuldade.

“Ser mãe jogadora não se difere de uma mãe secretária ou executiva. Para mim nunca teve uma diferença, era minha profissão e eu me planejava para dar o melhor a ele”, relata a ex-atleta.

Com a chegada do João Pedro, Joice aprendeu que mãe é viver com o coração fora do peito, ensinar tudo a alguém e aprender constantemente também.

Verônica Salvador

Foto: Arquivo Pessoal

Provando que o Santos possui torcedores fanáticos fora do estado de São Paulo, Verônica Salvador, de 47 anos, mostra que não é necessário estar perto da Vila Belmiro para se apaixonar pelo Peixe.

Mesmo sendo apaixonada pelo Santos, o amor maior nasceu faz 15 anos, Maria Cecília foi ensinando para Verônica o que era amor de mãe aos poucos, a cada sorriso que dava.

Algo que a Dodô descobriu com a própria Verônica, e mesmo partindo para outro plano pouco tempo antes da neta completar 1 ano, a lembrança mais viva na memória de Verônica é junto com a mãe.

“Minha mãe faleceu um mês antes da minha filha fazer um ano, era a nossa vovó Dodô. Um certo dia, eu estava amamentando a Cecília e ela olhou para a porta, começou a rir e chamou a minha atenção falando que a vovó Dodô estava ali, meus olhos encheram de lágrimas”, conta a torcedora.

As histórias de Verônica com a filha não param por ai, foram diversos momentos vividos e o tão esperado 15 anos, foi comemorado de uma forma bem diferente.

Sem vestido bufante, bolo decorado e uma coreografia com as amigas. A comemoração do tão esperado 15 anos foi em solo santista, Maria Cecilia e a mãe saíram de Natal, no Rio Grande do Norte, para ambas viverem uma experiência diferenciada.

“Conhecemos a Vila, o CT por fora, já que estávamos em meio a pandemia, e até alguns jogadores do elenco masculino e feminino. O Santos chegou até dar presentes para a Cecilia, foi uma sensação indescritível para nós, principalmente para ela, que fala até hoje que não teve presente melhor”, relembra Verônica.

Daqui a algum tempo, uma nova memória será criada, talvez a viagem de 15 anos continue sendo a favorita, ou outra tenha tomado o lugar. A única certeza que Verônica e Maria Cecilia podem ter, é que não importa qual seja a lembrança, a com a mãe sempre será mais valiosa.

O amor de mãe, que é único, se fez e faz presente todos os dias, até com aquelas que não estão mais entre nós.

Para o Guilherme, a melhor é a Debora, para o João Pedro, não há dúvidas que a Joice faz o papel perfeito e para a Maria Cecília, ela não trocaria a Verônica por nenhuma outra. Isso só mostra a veracidade do que todas afirmam: amor de mãe é único. Cada um com seu jeito e suas maneiras, todo mundo com o seu par perfeito.

 

Para conhecer outras histórias de mães santistas, clique aqui.

1 Comment

1 Comment

  1. DÉBORA BARGA VAZ

    31 de maio de 2022 at 13:23

    Obrigada pela lembrança, ficou lindo o texto Fernanda, sem palavras, emocionada❤️

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