O Santos Futebol Clube enfrenta acusações após seu clássico contra o Corinthians na Copa do Brasil Sub-20, em partida realizada pelo jogo de ida na Vila Belmiro. O clube foi denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido a gritos homofóbicos direcionados ao goleiro Kauê, do Corinthians, durante o jogo. O julgamento está agendado para o próximo dia 20 de setembro, às 10h30min, na sede do Tribunal, no Rio de Janeiro.
A Denúncia sob o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)
A denúncia apresentada contra o Santos se enquadra no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que condena a prática de atos discriminatórios relacionados ao preconceito de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Os parágrafos 1º e 2º deste artigo determinam penalidades que podem incluir a perda de pontos na competição, exclusão da competição e aplicação de multa. A reincidência pode levar à perda do dobro dos pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição e à proibição de ingresso no estádio por um período significativo.
O Relato do árbitro
O árbitro do confronto, Fabiano Monteiro dos Santos, relatou em sua súmula ter testemunhado gritos homofóbicos provenientes da torcida do Santos direcionados ao goleiro Kauê, do Corinthians. O relato detalha que aos 41 minutos do segundo tempo, a torcida do Santos FC na arquibancada atrás da meta defendida pelo S.C. Corinthians Paulista proferiu cânticos ofensivos, incluindo a frase “goleiro viado, goleiro viado…”.
Denúncia adicional por falta de providências
Além da denúncia relacionada aos gritos homofóbicos, o Santos também foi acusado com base no artigo 213, inciso III, do CBJD. Esse artigo se refere à negligência em tomar medidas para prevenir e reprimir o lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. O árbitro Fabiano Monteiro dos Santos relatou que aos 16 minutos do segundo tempo, um pedaço de gelo foi arremessado da torcida do Santos FC na arquibancada, caindo no gramado sem causar danos físicos.
O Santos agora enfrentará o processo disciplinar no STJD, onde as acusações serão avaliadas e as penalidades correspondentes serão determinadas de acordo com o regulamento desportivo brasileiro. O clube e seus representantes terão a oportunidade de apresentar sua defesa durante o julgamento agendado para o próximo dia 20 de setembro.
