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Ariel na Cova dos Leões

Fala rapaziada, peixada e moçada, tudo bom com vocês? É. O Ariel se foi, sem deixar muitas saudades, mas deixou algumas revoltas, isso por que o torcedor ainda busca um culpado, mesmo que um culpado moral. Afinal, foram tantas teorias para tentar explicar o problema, que sobrou até mesmo para o torcedor. Sim, o culturalmente impaciente torcedor deveria ter mudado seus hábitos e seus instintos, deveria ter se adaptado ao modus operandi da diretoria e aceitado a solução “deliveryana” imposta por quem comanda o clube.

E, nessa busca por um culpado, o torcedor não foi o único vilão, o calendário também não ajudou o ex-técnico, não lhe dando tempo para treinar, e de fato esse é um problema grave. Tão grave quanto suas escolhas para escalar o time, diante de tantos desafios subsequentes, mas vale lembrar que, no desespero por acertar, foi o próprio Holan que teve a brilhante ideia de colocar o Pará no meio-campo, e utilizar uma tática já testada, desde a época de Dorival Junior, que imaginava que o Copete poderia jogar em qualquer posição.

Outro culpado nessa história, e daí o título dessa matéria, que pode lhe fazer pensar que eu me referia à algum trecho da sagrada bíblia, mas não, na verdade, me lembrei de um trecho da música “Daniel na Cova dos Leões”, da banda Legião Urbana que diz:

Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante

Pois bem, nosso pequeno Ariel, foi jogado na cova dos Leões, e aquilo que era segredo,  se tornou nosso, se tornou público. Hoje, todos sabem que Ariel esteve sozinho todo esse tempo como uma presa fácil para absorver toda falta de apoio, a carência de material humano e até mesmo salários atrasados.

Como um instinto dissonante de tudo que pedem as boas práticas do futebol, ele esteve sozinho no vestiário diante de atletas órfãos depois da saída de Cuca. O pequeno Ariel clamava por ajuda e do escuro de sua cova não foi ouvido.

O bom é que, diante dos erros, essa diretoria não se demonstrou insegura, e parte para o mercado para encontrar com um apetite de Leão… éééééé…nem tanto…está mais para um gatinho mesmo, mas um gato famoso, tipo o Garfield, diante de uma lasanha. Nesse caso, em busca de um novo comandante para ser jogado nessa cova de Leões que é o Santos Futebol Clube.

A pergunta que fica é: ele entrará sozinho novamente? Lhe darão algumas peças para encarar o desafio? O pequeno Ariel virou estatística, que o mesmo não se repita com o próximo.

Mais importante que achar um culpado é achar uma saída, para esse instante instável da diretoria,  e os nomes são muitos, Osório, Lisca, Abel Braga, Dorival…as cartas estão na mesa e somente o rei Dário, ops, Andres Rueda, pode fazer com que o próximo treinador não tenha a mesma sorte. (Os entendedores entenderão)

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Peixão

1 Comment

1 Comment

  1. Eduardo Ribeiro Filetti

    27 de abril de 2021 at 22:55

    Ariel foi uma tentativa , presidente tentou …tinha muitos erros com jogar com. 3 Zagueiros e com dois laterais reservas que não apoiam …..muito jovens no mesmo time juntos …poupando muito e não mesclando …aconteceu demissão etc …….Ariel jogou com a Ponte Preta com time reserva em Campinas sem precisar e foi goleado …etc etc Já foi tarde …professor Pardal .Erros fazem parte acho que o Rueda vai acertar no clube

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