Nos últimos dias, o nome de um velho conhecido da torcida santista voltou a ser vinculado para um possível retorno ao clube, o meia Paulo Henrique Ganso, que jogou no Peixe entre 2005, desde as categorias de base, até 2012, quando se transferiu para o São Paulo.
Ganso chegou ao Santos em 2005, aos 16 anos, vindo do time paraense, Paysandu. O meia foi “descoberto” pelo ídolo santista, o também meia, Giovanni, e se transferiu para o Peixe por cerca de R$900 mil reais.
Paulo Henrique ficou por cerca de 5 anos atuando pela equipe profissional do Santos, e levantou diversos “canecos” com a camisa alvinegra, sendo destaque do time na maioria dessas conquistas, principalmente a Copa do Brasil de 2010, ano que muitos consideram o auge do ex-camisa 10 do Peixe.
Além da conquista da Copa do Brasil, Ganso ajudou o Santos a conquista o tri campeonato da Libertadores, mesmo participando de metade dos jogos daquela brilhante campanha. Além dessas conquistas, também foi tri campeão Paulista (2010,2011 e 2012) e da Recopa Sul-americana (2012).
Foi com a camisa santista que Ganso recebeu as primeiras oportunidades de vestir a camisa da seleção brasileira, tendo sido até um dos cogitados a ganhar uma vaga na seleção que disputaria a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, mas acabou ficando apenas na lista de suplentes.
A carreira do meia ficou muito marcada pelas lesões que teve ao longo dos anos, principalmente quando rompeu o ligamento cruzado posterior do joelho esquerdo, no fim de 2010, lesão que acabou “assombrando” o restante da carreira do meia.
Mesmo fazendo alguns bons jogos, quando se transferiu para o São Paulo, Ganso nunca mas foi o mesmo jogador e nem conseguiu o mesmo brilho que tinha na época do Santos. Desde sua saída, até hoje, Ganso disputou 340 jogos, marcou 37 gols, deu 59 assistências e conquistou 3 títulos (Copa Sul-Americana de 2012 e Copa Eusébio 2013, pelo São Paulo e a Taça-Rio pelo Fluminense). Pelo Santos, ele havia feito 162 jogos, 36 gols, 37 assistências e conquistou 6 títulos.
Atualmente Ganso não vive uma de suas melhores fases, e amarga a reserva do Fluminense, mas Fernando Diniz acredita no potencial do meia, ambos trabalharam junto quando o técnico comandou o Fluminense em 2019.
Em entrevista ao canal Desimpedidos, Diniz disse:
“O Ganso, pra mim é um gênio. É um cara que joga no nível de De Bruyne, em temos de condição de genialidade. Quando dá a bola para o Ganso, você pensa que agora não tem mais o que fazer, vai perder a bola. Mas ele sempre tem alguma coisa pra fazer”, disse o técnico.
“Comigo, ele não foi o jogador que estava sendo. A conversa que tive com o Ganso, foi que venderam para ele um pacote de carreia, que ele se permitiu comprar, mas que não era para ter comprado. Disseram que ele poderia ficar parado, que as coisas iam acontecer, mas isso deixa ele em uma situação que não o faz ativo no jogo coletivo”, completou.
A diretoria do Santos ainda analisa as possibilidades de traze-lo de volta, mas não pretende fazer muitas loucuras para contratá-lo, apenas se o jogador puder ser emprestado ao clube e com o Fluminense ajudando a cobrir algumas despesas.