O Santos perdeu, de virada, para o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, por 3 a 1 e não conseguiu se distanciar um pouco mais da zona de rebaixamento. A partida foi marcada por intervenções do VAR.
O primeiro tempo da equipe comandada por Fábio Carille foi bom. A proposta era claramente a de marcar forte e buscar espaços em velocidade para achar contra-ataques que pudessem ser perigosos. Defensivamente, o time do Santos foi praticamente impecável. Emiliano Velázquez jogou de forma segura e pareceu bem concentrado. O destaque negativo foi para Wagner Palha que estava nervoso e, por vezes, ficou próximo de cometer um pênalti.
Ofensivamente o Santos quase não criou. As principais oportunidades aconteceram após erros de passes atleticanos e retomada rápida santista. Marcos Guilherme, escalado para jogar na direita e der mais ofensividade ao time, praticamente só teve a função de marcar Keno.
A primeira etapa do Santos foi uma das melhores atuações do time desde a chegada do treinador Fábio Carille, porém, para o comandante da equipe, essa não foi a melhor exibição.
“Melhor momento foi primeiro tempo contra o Juventude. Fomos muito superiores, aconteceu tudo que imaginávamos, fomos agressivos, criamos e sofremos gol na bola parada. A gente sabia da dificuldade de hoje. É natural que adversário se atire depois de fazermos o gol”, disse Carille em entrevista coletiva.
O segundo tempo começou da melhor maneira possível. Gol logo aos 3 minutos, Raniel acertou um belo chute após jogada individual de Lucas Braga e abriu o placar para o peixe. Era tudo o que o alvinegro queria. Poder estar na frente do marcador e evitar sofrer era o que de melhor o time poderia fazer.
Foto: Ivan Storti/Santos FC
“Eu queria que ocorresse o gol por mérito deles, não por erros nossos. Bola aérea incomoda demais o Santos. Fomos bem contra São Paulo e Grêmio e falhamos hoje. Futebol é decidido nos detalhes na maior parte das vezes. E temos que estar mais atentos”, falou Carille sobre a sequência da partida.
Depois de estar na frente do marcador, o time santista recuou e buscou manter o resultado. O grande problema foi a, mais uma vez, falha defensiva na bola aérea. Por isso Fábio Carille disse que a situação incomoda demais. O técnico ainda disse mais:
“Os três gols não foram por questão de posicionamento. Se olharmos para trás estamos ferrados, precisamos olhar para a frente. Faltam 13 jogos. Se olhar e levar o que o Santos fez até agora fica ruim e não nos leva a nada. É melhorar com os erros daqui para frente”.
O Santos sofreu o empate em lance de bola parada onde o VAR interviu e identificou um pênalti cometido por Lucas Braga. Em seguida, o Atlético virou em outra jogada de bola parada. Já o gol que decretou a vitória do Galo veio após novo apontamento do árbitro de vídeo.
“VAR faz parte das competições e não temos como fugir disso. Nossa concentração tem que ser maior. Nos comportamos bem na defesa, achamos o gol e sofremos logo na sequência, numa bola de frente, que deixamos antecipar. Cabeceio na nossa área em faltas. Independentemente das paradas, concentração precisa ser total. Isso faz parte do futebol e não é desculpa. Não podemos tomar esses gols para que possamos escapar das últimas colocações”, falou Carille sobre atuação dos árbitros de vídeo.
Agora, as atenções santistas se voltam para o jogo contra o Sport, domingo (17), às 20h30 na Ilha do Retiro. Carille viu coisas boas do jogo contra o Galo e diz que grupo já está se preparando para o confronto decisivo.
“Muitas coisas positivas. Ficamos chateados com a derrota e muitos olham só para o ruim. Precisamos corrigir e também enaltecer o que foi bom. O líder finalizou 10 vezes contra o nosso gol, sendo que duas de pênalti. Bloqueamos um time que tem volume. Um time com ideia bem definida e que está há bastante tempo junto e não lidera por acaso. Amanhã vamos treinar pela manhã, passar detalhes da partida e falar o que precisamos melhorar o quanto antes por um jogo equilibrado em Recife. É um jogo decisivo”.
Com a derrota para o Atlético Mineiro, o Santos permaneceu com 28 anos e ocupa a 16° colocação do campeonato brasileiro com 25 jogos disputados.
