A análise de mercado é um fator fundamental dentro do futebol, porém muito pouco vista pelo grande público e torcida. Você, pelo menos alguma vez, já deve ter pensado, mas como tal jogador veio parar aqui? Mas de onde tal contratação veio parar aqui? Mas como foram garimpar tão bem, como ninguém viu esse jogador antes? Pois é, essa é a função do Analista de Mercado, o novo “olheiro” dentro do futebol, que hoje com a evolução existente, precisou se modernizar.
Primeiro, não somente olhar para um raio próximo e perto do seu do clube, mas saber que suas análises devem se expandir, ainda mais com esse mundo globalizado que vivemos, com a expansão de softwares, conseguimos diversos resultados, com a palma da nossa mão. Então fica muito fácil se eu quiser saber, por exemplo, o jogo da segunda divisão do campeonato chileno? Sim, você consegue (se estiver trabalhando para um clube de um porte como o Santos, tranquilamente), consegue obter todas as referências necessárias, todos os dados e referências técnicas, assim como dados quantitativos e qualitativos para o segundo passo.
Este segundo passo é análise fidedigna do jogador: como é este jogador, a forma que se porta para o jogo, como ele se comporta não somente dentro das quatro linhas (hoje em dia, fatores extra campo também já influenciam na hora de contratar) e começa a fazer um detalhamento deste jogador e de qual forma e de como ele se encaixaria ao time e de como é que serviria aos planos do treinador. Se chega pra ser titular, se viria pra disputar posição, existindo uma série de protocolos (cada clube com o seu), não existe certo/errado nisso e sim o jeito de como cada um enxerga a maneira de contratar.
O analista de mercado também é um analista de desempenho, em alguns clubes de menor expressão chegam a até auxiliar o de desempenho, pois também conseguem identificar todo o processo e procedimento e efetuar toda análise necessária para ter um atleta dentro do elenco, de acordo com as características solicitadas pela comissão técnica, cabendo ao analista de mercado encontrar diversas opções, entrando ao corpo diretor, para encontrar o que cabe ao orçamento do clube e as condições necessárias para compra/empréstimo, verificação de contrato de todos os atletas que são vistos. Assim, são feitas reuniões mostrando essas análises com os atletas encontrados, suas evoluções e pontos a melhorar, projetando seu valor de mercado presente e futuro.
Tendo feito essas análises e a diretoria se interessando pelo atleta em questão, é quando começa todo aquele processo que já conhecemos para eventuais contratações: Agentes/Intermediários/Empresários, conversas entre os clubes, propostas para analisar o quanto o passe do atleta vale, o tempo de contrato, o quanto quem intermedia recebe (os 10 % nunca são 10%, pode variar de transação pra transação, podendo chegar até os 10%, mas sempre pra menos), luvas, bonificações, gatilhos conforme atleta entra X vezes em campo, titularidade, entre uma série de fatores que são colocados em cláusulas contratuais que vemos sendo noticiadas pelos veículos.
Cada vez mais, os clubes fazem essa análise e olham para mercados externos, até mercados internos em divisores menores também, procurando jogadores de custo baixo, seja por conta de salários ou por conta do passe, visto que a maioria dos times não conseguem pagar os valores que os times brasileiros conseguem pagar em salários e, sobretudo, com características que agradam a comissão técnica e, posteriormente, de revenda futura. Mercados antes que não eram tão vistos como chileno, colombiano e os já conhecidos como uruguaio e argentino ganharam mais força, mostrando que os jogadores sul americanos tem totais condições de assumir essas condições.