Futebol Masculino

Até quando a base pode salvar?

Foto: Agência Estado

A água da Baixada Santista é diferente. É incrível como de tempos em tempos o Santos Futebol Clube encanta o mundo revelando jogadores espetaculares. De Pelé a Juary, de Robinho a Neymar, de Gabigol a Lucas Veríssimo o Santos sempre teve na sua base, não só uma grande fonte de renda, bem como, um alicerce no qual sempre se segurou nos momentos de dificuldade.

 

Em 2002 a situação era muito complicada, apostamos na base e veio o título brasileiro. Em 2010, a mesma coisa, um time que teve como reforço de peso justamente Robinho, joia da nossa base e junto dos recém promovidos Neymar, Ganso e cia, iniciou o que seria uma grande sequência de títulos, incluindo a Libertadores de 2011.

 

Todos os títulos e boas campanhas do Peixe nessa década tiveram jogadores da base como destaque, inclusive a recente campanha do Santos, que terminou com o vice campeonato da Libertadores, teve muitos jogadores da base como destaque, em um ano marcado por uma crise sem precedentes no time da Vila, com punições da FIFA e muita incerteza quanto ao futuro do time na Série A do futebol brasileiro e que terminou com o time na final da competição mais importante do continente.

 

Se por um lado a base não decepciona, por outro as administrações não são capazes de fazer bom uso do dinheiro obtido na venda desses jogadores e cada vez mais se endivida. A pergunta que fica é: até quando a base vai salvar as más administrações do clube?

 

E a resposta é simples: base não é feita para salvar. Um clube profissional deve ter a base como algo que melhore bons times, não como um pelotão emergencial de apagadores de incêndio.

 

Que o Presidente Rueda tenha a capacidade de deixar as contas do time em dia e começar uma revolução administrativa no clube para que futuramente não precisemos nos fazer essa pergunta e possa utilizar os talentos da base com calma e sem queimar etapas.

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